Shein ultrapassa Zara e H&M e é avaliada em US$ 100 bilhões
Varejista chinesa se tornaria a terceira maior startup do mundo em valor de mercado
A Shein, marca de fast-fashion que caiu nas graças dos brasileiros nesses últimos dois anos de pandemia alcançou mais um patamar significativo para a varejista chinesa. Em recente rodada de financiamento a empresa foi avaliada em US$ 100 bilhões.
A loja, que foi fundada por Chris Xu há pouco mais de 10 anos, só explodiu em vendas no início de 2020 graças ao grande número de pessoas em casa por causa da pandemia de covid-19 e quase conseguiu triplicar seu faturamento para US$ 10 bilhões.
Em 2021, o aplicativo da startup chinesa teve mais de 23 milhões de downloads, o tornando o mais baixado no setor de moda.
A Shein tem como foco o seu e-commerce para a venda de roupas com preços baixos, principalmente para o público feminino, mas também disponibiliza no seu catálogo roupas masculinas, infantil, acessórios, entre outros artigos de moda. Atualmente a loja vende seus produtos para mais de 150 países.
Shein se tornará a 3ª maior empresa do mundo
Após a conclusão do financiamento, a Shein tende a se tornar a terceira maior startup em valor de mercado do mundo, atrás apenas da ByteDance, dona do TikTok e da SpaceX, do bilionário Elon Musk. As três seriam as únicas com valor superior a US$ 100 bilhões.
No setor de moda, os valores superariam de longe a sueca Hennes & Mauritz (H&M) e a Inditex, dona da Zara, mesmo que somadas.
O valor de US$ 100 bilhões representa um aumento de 566% perante a 2020 quando a varejista foi avaliada em US$ 15 bilhões. No entanto, o cenário ainda pode mudar visto que o processo está em andamento.
Restrição
No último mês a Shein passou por uma polêmica no Brasil. Empresários enviaram ao governo um documento alegando que empresas de fora do país como AliExpress, Shopee e Shein e que vendem produtos para pessoas físicas estão promovendo uma concorrência desleal para as empresas brasileiras do setor.
Para o grupo, encabeçado por Luciano Hang, dono da Havan, o ideal é que haja uma mudança tributária com relação aos impostos para produtos importados comprados por pessoas físicas. Já que segundo eles, só 2% das entregas são taxadas.
Devido a essa pressão repentina alegando concorrência desleal, está em tramitação no governo e na Receita Federal uma MP para dificultar a vendas de produtos oriundos dessas empresas de fora do país.
Loja física
No último mês, mais produtos da Shein chegaram ao Brasil, mas dessa vez não foi apenas mais uma entrega de mercadoria para um cliente específico. A varejista abriu a sua primeira loja física em solo brasileiro, no Shopping Village Mall, no Rio de Janeiro.
Porém, a loja trouxe consigo o conceito pop-up (temporário). No Village Mall ela ficou aberta por apenas 10 dias, do dia 19/03 até 27/03. A ideia da marca é fortalecer ainda mais o seu nome no país, e aproximar-se do público brasileiro, tendo em vista o grande volume de compras que são realizadas mensalmente no site da empresa.
A intenção para o resto do ano de 2022 é que mais lojas pop-ups sejam abertas em todo o Brasil a fim de levar cada vez mais esse conceito para todos os públicos e diminuir o tempo de entrega de seus produtos.
A Shein caiu no gosto popular e se tornou atrativa no país devido aos seus preços mais baixos do que a média de outros serviços de varejo e pela sua acessibilidade. Atualmente o Brasil é o principal mercado da loja na América Latina.
Segundo números do BTG Pactual, a Shein faturou em 2021 aqui no Brasil, um total de R$ 2 bilhões com vendas e possui o segundo aplicativo mais acessado no país, atrás apenas do app da varejista Renner.