Sob nova presidência, Banco do Brasil (BBAS3) cai mais de 4% – ESTOA

Sob nova presidência, Banco do Brasil (BBAS3) cai mais de 4%

No primeiro dia do governo Lula, as ações da estatal caíram


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Nesta segunda-feira (2), primeiro dia de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), as ações do Banco do Brasil (BBAS3) caíram durante o pregão.

A instituição bancária estatal iniciou o ano sob nova presidência, com a convocação de Tarciana Medeiros, a primeira presidente mulher da história do BB.

Ações caem

Em meio ao primeiro dia de posse do novo governo, as ações do Banco do Brasil se desvalorizaram durante o primeiro pregão de 2023. Seus ativos somaram, por volta das 15:10 horas (Horário de Brasília), uma queda de 4,41%, atingindo os R$ 33,20.

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Os papéis chegaram ao seu valor mínimo do dia, até então, às 10:15 horas, quinze minutos após a abertura do primeiro pregão do ano, quando estavam cotados a R$ 33,06.

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A desvalorização repentina ocorreu após a posse do presidente Lula, no último domingo (1), refletindo a insegurança do mercado financeiro quanto aos planos do novo governo para as empresas estatais.
Durante seu discurso de posse, Lula destacou que as companhias e bancos de natureza estatal e pública foram “dilapidados”.

“Dilapidaram as estatais e os bancos públicos; entregaram o patrimônio nacional. Os recursos do país foram rapinados para saciar a cupidez dos rentistas e de acionistas privados das empresas públicas”, disse.

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Presidente Lula na posse no último domingo (1)/Foto: Reprodução

As falas atingiram, também, os ativos de outras companhias, como o caso dos papéis da Petrobras (PETR4), -5,92% às 15:20; e Sabesp (SBSP3), -6,28% às 15:23.

O desempenho negativo do pregão, portanto, foi pressionado pela cotação dos papéis das estatais.

Na visão dos analistas do Goldman Sachs, o Banco estatal está mais protegido, atualmente, contra grandes mudanças em suas estratégias do que no passado. Isso é “devido à melhorias na governança corporativa”.

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A recomendação da instituição financeira global é de compra das ações da estatal, estabelecendo um preço-alvo de R$ 48. Seu potencial de valorização é de 38,2%.

Outro fator de influência para a queda dos papéis nesta segunda-feira é a troca na liderança do Banco do Brasil, que conta com Tarciana Medeiros em sua presidência — fator também comentado pelos analistas.

Para eles, “Medeiros será a primeira mulher CEO do Banco do Brasil, com mais de 20 anos de atuação no banco, que deve ajudar a garantir a continuidade e também cumprir o plano do presidente eleito Lula de nomear uma mulher para o cargo”.

Primeira presidente mulher

Na última sexta-feira (30/12/2022), o Banco do Brasil conheceu sua primeira presidente mulher da história.

Tarciana Medeiros, a primeira presidente mulher do Banco do Brasil/Foto: Reprodução

O nome foi divulgado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em frente ao hotel onde o presidente estava hospedado, no Setor Hoteleiro Sul, em Brasília.

Dessa forma, a nomeação de Medeiros foi anunciada em conjunto à Rita Serrano, que ficará no comando da Caixa Econômica Federal. Serrano já atuava na instituição há cerca de 33 anos.

“Elas conversaram muito com o presidente, conversaram comigo. E estão alinhadas com o plano de governo do presidente Lula. Sabem dos desafios da relação do crédito no Brasil, que é muito desafiadora”, disse o novo ministro.


Com formação em administração de empresas e pós-graduada em marketing, liderança e gestão, a executiva possui cerca de 22 anos de carreira no banco estatal.

Antes de ingressar na liderança do BB, Tarciana atuava na Diretoria de Clientes do Banco do Brasil.

Para analistas do Banco Citi, a escolha é positiva tanto para o Banco do Brasil, quanto para o setor em si.

“Acreditamos que aumenta a probabilidade de não haver grandes mudanças na estratégia do BB, continuando a focar no segmento agro, principal força do banco, onde tem conseguido entregar fortes retornos”, disseram, afirmando que a definição pode reduzir as preocupações de “maior agressividade dos bancos públicos”.