Stone (STOC31) reporta lucro 455,9% maior no 1T23 na comparação anual – ESTOA

Stone (STOC31) reporta lucro 455,9% maior no 1T23 na comparação anual

As ações da companhia não acompanharam o ritmo e tem forte queda na Nasdaq


Advertisement


Advertisement


Na última quarta-feira (17), a Stone (STOC31) divulgou seu balanço do primeiro trimestre de 2023. A companhia reportou lucro líquido ajustado de R$ 236,6 milhões entre janeiro e março deste ano, alta de 455,9% em relação ao mesmo período do ano passado.

Em relação ao quarto trimestre de 2022, o crescimento do resultado foi de 16,1%.

Resultados obtidos no balanço e papéis da companhia

A receita líquida da Stone somou R$ 2,711 bilhões no primeiro trimestre de 2023, avanço de 31% na comparação com igual etapa de 2022. De acordo com a companhia, o aumento das receitas deve-se principalmente ao crescimento da plataforma de serviços financeiros, que obteve alta anual de 35,7%.

Advertisement


Em software, que consolida os números da Linx, a alta foi de 9,7% em um ano. 

A empresa declarou que “o crescimento de receita em nosso negócio de serviços financeiros foi resultado principalmente do desempenho no segmento de micro, pequenas e médias empresas, com volume acima das projeções e comissões mais altas em uma comparação anual”.

Advertisement



O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, em inglês) foi de R$ 1,284 bilhão, alta de 173,4% no comparativo anual. Com ajustes relacionados à fatia da Stone no Banco Inter (INBR32), que foi vendida em bolsa no trimestre, o Ebitda foi de R$ 1,251 bilhão, representando uma alta de 55,7% no mesmo período.  

Advertisement


Também no primeiro trimestre de 2023, os sistemas Stone capturaram R$ 93,5 bilhões em transações, alta de 12,5% em relação ao mesmo trimestre do ano passado.

Apesar de analistas do mercado avaliarem o resultado da Stone como positivos, a sessão pós-balanço é bastante negativa para as ações da companhia, negociadas na Nasdaq. 

Advertisement


Às 13h40 (horário de Brasília) desta quinta-feira (18), os ativos da companhia caíram 9,55%, a US$ 13,11, com alguns analistas apontando para um movimento de realização após fortes sessões de alta, com parte do mercado já estimando um balanço positivo. 

Stone e Banco Inter 

Em fevereiro, a Stone zerou sua posição no Banco Inter em um block (leilão de ações) que saiu a R$ 12,96. Este foi intermediado pela corretora do Citi, o leilão movimentou 16,8 milhões de BDRs, cerca de 4% do capital do banco, de acordo com as informações do “Brazil Journal”.

Em junho de 2022, a Stone já havia vendido 21,5% de sua posição total como parte da reestruturação e listagem do Inter na Nasdaq. A companhia investiu no banco brasileiro em junho de 2021, comprando 5% do capital por R$ 2,5 bilhões em um follow-on (oferta subsequente de ações).

Opinião dos analistas

A equipe research do Credit Suisse avalia que a Companhia entregou fortes resultados, com crescimento sólido do volume total de pagamentos (TPV, na sigla em inglês), aumento do take rate (comissão cobrada dos lojistas nas transações) e bom controle de custos.


O banco suiço pontua que o momento do lucro por ação (EPS, na sigla em inglês) é positivo, mas a projeção de taxas de juros mais baixas permanecem cruciais para tornar a avaliação do papel atraente. 

O Itaú BBA compartilha da mesma visão que Credit Suisse e avalia que a Stone reportou resultados bons e melhores do que o esperado no 1T23.

“Os volumes gerais enfraqueceram no trimestre, mas a Stone ganhou participação com os avanços em SMB enquanto continuou a ajustar os preços/mix para cima, o que compensou o negócio de software mais fraco”, completa o banco.

Segundo o BBI, os números da Stone foram impulsionados principalmente pelas receitas ligeiramente melhores e redução de custos, ficando acima da orientação para o trimestre de R$ 265 milhões.