TIM (TIMS3) registra lucro líquido de R$ 412 milhões no primeiro trimestre; ações lideram perdas
Os números fizeram com que as ações da empresa liderasse as perdas na Bolsa
A TIM (TIMS3) divulgou logo após o fim do pregão da última segunda-feira (8) seu balanço trimestral, contendo seus resultados operacionais referentes aos três primeiros meses de 2023.
De acordo com o documento publicado, a empresa atingiu no 1T23 um lucro líquido de R$ 412 milhões, uma alta de 1,7% em relação aos números do mesmo período do ano passado.
Apesar disso, os resultados não agradaram o mercado financeiro, fazendo com que as ações da companhia liderassem as perdas na Bolsa de Valores durante a manhã desta terça-feira (9).
Primeiro trimestre da TIM
A empresa de telefonia registrou, também, uma receita líquida normalizada de R$ 5,7 bilhões, indicando um avanço de 20,2% em relação ao mesmo período do ano passado, mas indicando uma queda de 3,3% sobre o 4T22.
No documento publicado, a companhia destaca que o avanço da receita líquida “teve a contribuição de todas as principais linhas”, citando a Receita de Serviço Móvel (+21,1% A/A), impactada pela aquisição dos ativos móveis da Oi; Receita de Serviço Fixo (+6,0% A/A), onde o principal motor foi a TIM UltraFibra; e a Receita de Produtos (+21,0% A/A).
Ainda nesta linha, o lucro líquido normalizado da companhia chegou aos R$ 437 milhões nos primeiros três meses de 2023, uma variação positiva de 4,3% sobre o mesmo período de 2022. O medidor, no entanto, representa uma queda de 26% ante os R$ 590 milhões do trimestre imediatamente anterior.
Isso fez com que o Lucro por Ação (LPA) Normalizado durante os três primeiros meses deste ano chegasse aos R$ 0,18, uma alta de R$ 0,01 se comparado à quantia indicada no 1T22.
Outro indicador a apresentar altas durante o período foi o Ebitda (Lucros antes juros, impostos, depreciação e amortização) da TIM, que chegou aos R$ 2,6 bilhões, um crescimento de 23% na base anual, mas um recuo de 10,9% ante o último trimestre do ano passado.
Sobre o período, o CEO da TIM no Brasil, Alberto Griselli, afirmou que “a TIM começa 2023 mantendo a boa performance dos últimos anos e reforçando seu protagonismo no setor de telecomunicações. Consolidamos a mais ampla cobertura 5G nas capitais, o melhor serviço de ultrabanda larga do país e a maior área conectada no campo”.
Os números foram considerados como mornos pelo mercado financeiro. A classificação do Credit Suisse para os resultados foi neutra.
Isso, pois apesar de superarem por pouco as expectativas do mercado, os dados seguem em linha com as projeções do banco.
Migração de usuários da Oi é concluída
De acordo com informações dadas durante a teleconferência para a divulgação dos resultados, ocorrida durante a manhã desta terça-feira (8), a TIM concluiu em março a integração de usuários da Oi à rede da companhia.
Além da migração de usuários, a junção à rede da Oi também beneficia clientes TIM, pois poderão utilizar-se do espectro de radiofrequência adicional da empresa.
“Estamos começando a ver cada vez mais benefícios da transação, as sinergias estão mais evidentes” disse o CEO.
A empresa iniciou, também, o descomissionamento de cerca de 1.500 estruturas adquiridas. “O primeiro passo é a retirada das torres, tem um vaivém de documentos, inspeções para garantir de que as torres estejam vazias”, disse o executivo.
Ações lideram perdas
Apesar de serem considerados neutros pelo mercado financeiro, os resultados apresentados fizeram com que as ações da empresa liderassem as perdas durante o pregão desta terça-feira (9).
Os ativos da TIM (TIMS3) somaram por volta das 12:50 horas (horário de Brasília) uma queda de 4,57%, aos R$ 13,37. Mais tarde, por volta das 15:05 horas, as ações caíam a 3,64%, aos R$ 13,50.