Unipar (UNIP3) implementará projeto de produção de cloro no Polo de Camaçari – ESTOA

Unipar (UNIP3) implementará projeto de produção de cloro no Polo de Camaçari

Investimentos para a nova unidade podem chegar a R$ 140 milhões


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A Unipar (UNIP3), anunciou neste domingo, (5), que tem planos de expandir o seu portfólio para a produção de cloro/soda e derivados. A petroquímica quer implantar um novo projeto no Nordeste do país, no estado da Bahia.

A nova planta que deve ser construída no Polo Petroquímico de Camaçari será a terceira em atividade no Brasil. Atualmente já estão funcionando duas fábricas da Unipar no estado de São Paulo, uma em Cubatão e outra em Santo André.

A ideia da petroquímica é aumentar a capacidade de produção da companhia que ainda conta também com uma unidade produtiva fora do país, localizada na Argentina, na cidade de Bahía Blanca.

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Expansão da Unipar

Com o novo investimento divulgado pela Unipar na noite deste domingo em comunicado, a petroquímica pretende aumentar ainda mais o seu portfólio para a produção de cloro, soda e derivados nos próximos anos.

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A unidade em Camaçari adicionará para a companhia mais algumas toneladas de autonomia. A previsão é de que a planta comece a ser construída no segundo semestre deste ano e leve em torno de 24 meses para ser concluída.

Unipar (UNIP3) implementará projeto de produção de cloro no Polo de Camaçari
Nova fábrica será no Polo Petroquímico de Camaçari /Foto: Bahia de Valor

Segundo a Unipar, após a finalização e a entrega da obra, a companhia terá a sua disposição uma fábrica com o potencial de produzir até 10 mil toneladas de cloro, 12 mil toneladas de soda cáustica, 25 mil toneladas de ácido clorídrico e 20 mil toneladas de hipoclorito de sódio anualmente.

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O investimento para aumentar o ritmo e a capacidade de produção da Unipar nos próximos anos será de cerca de R$ 140 milhões no Polo de Camaçari. De acordo com a própria empresa em comunicado, a ampliação acontece em busca de continuar com o seu crescimento sustentável e aumentar a competitividade dos seus negócios.

Além desse primeiro projeto idealizado no Nordeste do país, a Unipar que já possui outras três unidades em funcionamento também pretende investir para aumentar a capacidade delas.

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Antes mesmo de divulgar a intenção de construir uma nova fábrica na Bahia, a Unipar já havia declarado que tinha planos para expandir a unidade de Santo André, em São Paulo. 

O investimento de cerca de R$ 100 milhões tem como objetivo expandir em 15% a produção do local que já conta atualmente com potencial para produzir em torno de 160 mil toneladas por ano de cloro, 180 mil de soda cáustica, 37 mil de ácido hidroclorídrico e 60 mil de hipoclorito de sódio.

Produção

Além dessa expansão, a fábrica localizada no ABC Paulista também produz outros insumos químicos, como o PVC. A região é a que mais consome o material no Mercosul atualmente. Por ano, a fábrica produz cerca de 300 mil toneladas de PVC. O insumo também é produzido pela Unipar na planta de Bahía Blanca, com capacidade de 240 mil toneladas.

Um dos fatores que as três unidades fabris da Unipar têm em comum é a localização, ainda que estejam a milhares de quilômetros de distância uma da outra. Todas elas foram construídas em locais estratégicos, posicionadas próximas a portos ou ferrovias.

Unipar (UNIP3) implementará projeto de produção de cloro no Polo de Camaçari
Fábricas da Unipar ficam perto de portos e ferrovias /Foto: Portos e Navios

A unidade de Cubatão no litoral paulista está próxima do Porto de Santos e do sistema rodoviário Anchieta-Imigrantes, o que facilita o transporte. Atualmente o insumo que mais tem capacidade para ser produzido no local é o ácido clorídrico com cerca de 600 mil toneladas/ano. 

A planta do litoral, assim como a do ABC manteve a utilização de capacidade instalada total no primeiro trimestre com cerca de 92%, já a de Santo André ficou em 89%. A unidade de Cubatão tem capacidade para 355 mil toneladas de cloro, 400 mil de soda cáustica e 400 mil de hipoclorito de sódio. 

Ao contrário das duas plantas brasileiras, a de Bahía Blanca aumentou a sua utilização nos primeiros meses do ano, subindo de 62% no quarto trimestre de 2021, para cerca de 82% neste ano.

O insumo que possui a maior capacidade em solo argentino é o Dicloroetano EDC, composto químico utilizado para a produção do PVC. A unidade tem uma autonomia de produzir 431 mil toneladas por ano. Já o PVC em si, possui uma capacidade de 240 mil toneladas/ano.