Vale (VALE3) e BNDES anunciam parceria de 108 milhões em iniciativas socioambientais no Brasil – ESTOA

Vale (VALE3) e BNDES anunciam parceria de 108 milhões em iniciativas socioambientais no Brasil

As iniciativas socioambientais acontecerão nas regiões Norte e Nordeste do Brasil


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Nesta quinta-feira (10), a mineradora Vale (VALE3) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), anunciaram a assinatura de dois protocolos de intenção para investimentos de 108 milhões de reais em iniciativas socioambientais no Norte e Nordeste do Brasil.

O anúncio aconteceu na COP 27, evento da Conferência de Clima da ONU, em Sharm El Sheikh, no Egito, que irá até o dia 18.

O montante será destinado ao Programa de Garantia a Crédito para Bioeconomia na Amazônia (Garante Amazônia) e ao projeto Juntos pela Saúde, iniciativas que estimulam a participação de doadores privados, por meio das quais o BNDES dobra o valor de qualquer outra doação.

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Parceria de milhões 

A mineradora é a primeira parceira a aderir às iniciativas e aportará 20 milhões de reais no Garante Amazônia e 34 milhões de reais no Juntos pela Saúde, segundo comunicado da Vale.

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Ambos afirmam que os recursos para o Garante Amazônia servirão de lastro para garantir financiamentos a atividades florestais sustentáveis na região Norte. Entre os beneficiários estarão, por exemplo, agricultores familiares, empreendedores familiares rurais, aquicultores, pescadores e povos indígenas.

Em nota, Maria Luiza Paiva, vice-presidente executiva de Sustentabilidade da Vale, disse: “O Garante Amazônia vai beneficiar o desenvolvimento de pequenos produtores da região, que muitas vezes não conseguem ter acesso fácil a créditos”.

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Já os valores para o Juntos pela Saúde serão empregados no fortalecimento da atenção primária nos municípios do entorno das operações da Vale no Pará e no Maranhão, por meio da expansão do projeto Ciclo Saúde Proteção Social, da Fundação Vale.

O BNDES pretende atingir a neutralidade em carbono até 2050  /Foto: Fernando Frazão – Ag Brasil

O BNDES na COP

A conferência das partes (COP) é um tratado internacional com o objetivo de estabilizar as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera. Tendo como uma de suas principais tarefas revisar as comunicações nacionais e os inventários de emissões apresentados por todos os países membros

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Durante o evento de conferência de clima da ONU, o BNDES lançou uma série de compromissos climáticos de longo prazo. O banco pretende atingir a neutralidade em carbono até 2050, em todas as suas operações.

As metas são abrangentes, e contabilizam todos os negócios do banco: carteiras direta e indireta, financiamento e investimentos. Até o final do próximo ano, todos os projetos com participação do BNDES terão seus inventários de carbono, que serão “oportunamente neutralizados”.

O plano é consolidar o papel da instituição financeira como o principal agente de fomento da nova economia no país. Para a gestão atual do banco, uma agenda ESG institucionalizada, com compromissos e metas de longo prazo, é o maior legado a ser deixado no atual governo, que será substituído a partir de janeiro.

“Essa é uma estratégia perene”, afirma Bruno Aranha, diretor de crédito produtivo e socioambiental do BNDES. “O banco é uma agente de estado, não de governo.”

Compromissos climáticos do BNDES

• Finalização do inventário das emissões financiadas do escopo 3 para as demais carteiras do BNDES;

• Definição, em 2023, de metas de neutralidade para as carteiras de crédito direto, indireto e renda variável;

• Neutralidade em carbono até 2050;


• Neutralização das emissões dos escopos 1, 2 e as relacionadas a viagens a negócios e deslocamento de funcionários (casa-trabalho) a partir de 2025;

• Definição, em 2023, de metas de engajamento para acelerar a transição dos seus clientes para a neutralidade em carbono;

• Incorporação, em 2023, da contabilização de carbono nos processos de aprovação de apoio a novos projetos.

Para atingir os objetivos, o banco definiu duas linhas de estratégia, uma transversal, que busca engajar empresas e outras instituições financeiras, e uma setorial, que abrange áreas específicas.

“Como um banco de desenvolvimento, podemos montar estruturas financeiras para que, na ponta, as coisas aconteçam”, afirma Aranha. “Incluindo, por exemplo, soluções baseadas na natureza.”