Vale (VALE3) registra queda de 58% em lucro líquido no 1° tri, com US$ 1,8 bi – ESTOA

Vale (VALE3) registra queda de 58% em lucro líquido no 1° tri, com US$ 1,8 bi

Aumento de custo e recuo de vendas de minério de ferro impacta lucro


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A Vale (VALE3) registrou um lucro líquido de US$ 1,837 bilhão no primeiro trimestre do ano, o correspondente a um recuo de 58,8% do valor reportado no mesmo período de 2022, de US$ 4,456 bilhões.

A mineradora atingiu uma receita líquida de US$ 8,434 bilhões no primeiro trimestre do ano, informou o relatório divulgado nesta quarta-feira (26). Em comparação ao mesmo trimestre de 2022, quando indicou uma receita de US$ 10,812 bilhões, a Vale apresentou um recuo de 22%.


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Dos indicadores de endividamento, a empresa somou uma dívida bruta de US$ 11,464 bilhões, abaixo do valor do primeiro trimestre de 2022. A dívida líquida, no entanto, totalizou US$ 8,226 bilhões, o que supera o montante registrado entre os três primeiros meses de 2022, de US$ 4,911 bilhões. No trimestre imediatamente anterior, a Vale manifestou um montante de US$ 7,915 bilhões.

Já de dívida líquida expandida, o que inclui obrigações pela reparação de Brumadinho e Refis, a mineradora fechou o trimestre em US$ 14,4 bilhões, ficando, desta forma, dentro da meta da companhia, de US$ 10 a 20 bilhões.

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Balanço do primeiro trimestre

Em reais, a Vale registrou um lucro líquido de R$ 9,5 bilhões entre os meses de janeiro e março de 2023. Montante 58,6% inferior aos R$ 23 bilhões totalizados nos mesmos meses do ano anterior. 

De indicadores operacionais, o Ebitda – o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – ajustado das operações continuadas foi de US$ 3,576 bilhões, 42,5% abaixo do primeiro trimestre de 2022.

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Também abaixo da projeção de US$ 4,3 bilhões, a mineradora explicou o resultado ser em razão de maiores custos. No documento, a Vale ressaltou os impactos da queda de venda de finos de minério e pela variação negativa no preço das vendas de finos de minério de ferro e pelotas.

“Enquanto a indústria de mineração enfrenta constantes pressões inflacionárias, continuamos focados em eficiência de custos e ganhos de produtividade”, afirmou o CEO da Vale, Eduardo Bartolomeo, em nota.

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Logo da Vale em Brumadinho/Foto: Adriano Machado/Reuters

O presidente da mineradora disse que, mesmo em cenário desfavorável, “permanecemos confiantes em nossa habilidade para alcançar nossas metas para 2023”.

“Continuamos fortemente comprometidos com a construção de uma companhia mais segura e confiável, ao mesmo tempo em que entregamos valor a nossos acionistas”, declarou Bartolomeo.

Vendas e despesas do primeiro trimestre

No primeiro trimestre de 2023, a Vale vendeu 10,6% de seu principal produto, os finos de minério, por um preço médio de US$ 108,6 por tonelada – 23% do preço vendido no mesmo período do ano anterior, de US$ 141,4 por tonelada.

O preço médio na venda de pelotas no período foi de US$ 162,5 por tonelada, ante os US$ 194,6 por tonelada, aplicados nos mesmos três meses de 2022. 


Do mesmo modo que a empresa praticou preços inferiores à grande maioria de todos os seus produtos vendidos. Com a única exceção de níquel, que cresceu 13,8%.

“Apesar das restrições climáticas para o embarque que impactaram nossas vendas, permanecemos confiantes em nossa habilidade para alcançar nossas metas para 2023”, afirmou o CEO da Vale.

De janeiro a março, a companhia somou US$ 600 milhões em despesas operacionais, contra US$ 662 milhões nos mesmos meses de 2022.

O relatório detalhou, também, custo voltado a indenizações e outros custos atrelados ao desastre ambiental de Brumadinho de US$ 6,822 bilhões. Além de US$ 3,464 bilhões de gastos de descaracterização e US$ 3,358 bilhões em acordos e doações.

De investimentos em crescimento e manutenção, a mineradora totalizou US$ 1,1 bilhão, condizente ao valor destinado em 2022.