Vale (VALE3) foca em startups e investirá US$ 100 milhões em fundo – ESTOA

Vale (VALE3) foca em startups e investirá US$ 100 milhões em fundo

Criação do Vale Ventures permitirá que a empresa busque novos negócios pensando em sustentabilidade


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A Vale (VALE3), anunciou nesta quarta-feira, (8), uma nova iniciativa para investimentos. Com esse aporte a empresa vai em busca de criar novas oportunidades de negócios, visando investir em startups que prezam pela sustentabilidade.

O investimento de US$ 100 milhões para a criação da Vale Ventures prevê que a empresa tenha um crescimento dos seus negócios, pensando principalmente nessa parte de incorporar aos seus negócios tecnologias inovadoras.

Após gerar inúmeros problemas ambientais nos últimos anos devido às suas explorações  de minério de ferro no Brasil, a Vale agora pretende se comprometer com uma mudança de cenário para continuar com as suas operações de um modo mais sustentável e menos poluente.

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Fundo de investimentos da Vale

Com a criação do corporate venture capital da empresa, o Vale Ventures, a mineradora pretende buscar investir em startups que possuam foco em soluções mais sustentáveis nessa área de mineração. 

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O aporte de US$ 100 milhões ajudará a empresa a reforçar o seu caixa para garantir que sejam feitos investimentos a médio prazo não só para a mineradora aumentar o seu portfólio como para diminuir o percentual de poluentes.

Vale (VALE3) foca em startups e investirá US$ 100 milhões em fundo
Vale irá investir em startups com foco em mineração mas com participação minoritária /Foto: Revista Pesquisa Fapesp

A princípio, os planos da Vale com relação ao seu fundo de investimentos preveem participações pequenas nas startups, de até 5%. Nesse começo a mineradora está aberta a investir em startups, independentemente de onde sejam as sedes delas. 

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No entanto, ainda que o pensamento esteja focado em participações minoritárias, a Vale analisará quatro temas como pré-requisito para poder dedicar parte do montante do fundo em uma dessas startups.

Entre os focos que a mineradora quer ficar atenta para poder investir estão a descarbonização na cadeia de mineração, fator que permitiria a Vale cumprir com o objetivo de reduzir a emissão de carbono em busca da neutralidade até 2050.

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A companhia tem ainda entre as suas opções, startups que tenham como foco soluções sobre mineração sem resíduos, que ajudaria com que a Vale reduzisse a quantidade de resíduos e o impacto ambiental causado durante os processos.

Além desses dois, a Vale Ventures deve adquirir participação em startups que possam dar a ela a chance de investir em novas tecnologias que consigam fazer com que seja mudada a forma como as mineradoras executam seus negócios.

O desejo da Vale com esse Venture Capital não ficará restrito a apenas estes temas em questão. A ideia da mineradora é poder investir também em transição energética, por isso, um dos focos da companhia é buscar startups que ajudem a acelerar a capacidade de fornecimento dos metais essenciais para isso.


Projeto de níquel

A Vale também está atuando em outras frentes de negócio atualmente, além da criação da sua nova iniciativa, Vale Ventures. Nesta quinta-feira, (9), a mineradora anunciou um novo projeto que será tocado no Canadá.
Na nova iniciativa lançada pela companhia, será viabilizado um projeto de sulfato de níquel na província de Québec. Isto fará com que a Vale consiga fornecer o metal de baixo carbono para a indústria automotiva.

Vale (VALE3) foca em startups e investirá US$ 100 milhões em fundo
Vale concluiu estudos para projeto de sulfato de níquel em Québec /Foto: Reprodução

Este seria o primeiro projeto da mineradora para a criação de uma planta de sulfato de níquel 100% doméstico no mercado norte-americano. A ideia da Vale é poder alavancar a sua produção com o lançamento da nova operação.

A expectativa da mineradora com relação aos seus estudos feitos sobre o projeto, é de que a planta da cidade de Bécancour tenha uma capacidade anual para a produção de 25 mil toneladas de metal contido em sulfato de níquel.
No entanto, apesar da conclusão do estudo para a implementação do projeto em solo canadense, a Vale ainda precisa da aprovação dos órgãos competentes (Cade) e do Conselho da instituição. Apenas depois disso será traçado um cronograma mais detalhado para o projeto.