Veja agora quais são os 5 principais assuntos neste término de semana
Forte queda do Ibovespa e críticas do governo à Selic são destaques
Depois da euforia de superar a marca dos 120 mil pontos pela primeira vez desde abril do ano passado, o Ibovespa caiu vertiginosamente nesta quinta-feira (22). Entre os principais motivos para a queda está o comunicado do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) que não indicou quando o BC pretende começar o corte nos juros, o que preocupou o mercado.
O principal índice da bolsa de valores fechou o dia em queda de 1,23% nesta quinta, aos 118.934 pontos. O dia foi negativo para quase todas as empresas listadas na B3 – das 88, somente 12 fecharam em alta. O top 3 de perdas ficou com a EZTC (EZTC3), que caiu 6,95%, Magalu (MGLU3), queda de 6,65%, e a MRV (MRVE3), que perdeu 5,46%.
Nesta sexta-feira (23) o Ibovespa buscará um resultado mais animador para se estabelecer pela nona semana consecutiva no azul. Somente no mês de junho, o Ibovespa já acumula uma alta de 9,78%, na sua melhor marca desde o final de 2020.
2. Haddad acredita que nível da Selic trará problemas futuros
A falta de clareza do Banco Central no seu comunicado da última quarta-feira, tem preocupado não só os investidores como também o governo federal. Nesta quinta, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad afirmou que esse movimento em meio a um juro tão alto como o de agora pode acarretar em problemas no futuro.
Segundo ele, já existem indícios suficientes, como o arcabouço fiscal e a redução da inflação, para que o BC passe a aplicar cortes na taxa Selic nos próximos meses. De acordo com Haddad, não se atentar a isso faz com que o Copom contrate um problema com uma inflação futura, mas ele espera um cenário diferente na ata do Comitê que será divulgada na próxima terça (27).
Mercados nesta manhã
– Dow Jones Futuro – 34.101 (-0,30%)
– S&P 500 Futuro – 4.403 (-0,45%)
– Nasdaq Futuro – 15.129 (-0,56%)
– Ibovespa – 118.934 (-1,23%)
– Shanghai – 3.197 (Feriado)
– Nikkei 225 – 32.781 (-1,45%)
– FTSE 100 – 7.477 (-0,32%)
*Valores consultados às 8h49.
Calendário Econômico
Confira os principais eventos econômicos desta sexta-feira:
PMIs Industrial, de Serviços e Composto/Jun: França (4h15), Alemanha (4h30), Zona do Euro (5h), Reino Unido (5h30), Estados Unidos (10h45),
Reino Unido: Vendas no Varejo/Mai (3h)
Argentina: Vendas no Varejo/Abr (16h)
Zona do Euro: Discurso de Fábio Panetta (16h)
3. Lula vê ameaças em exigências da União Europeia por acordo com Mercosul
Nesta sexta, cumprindo com a sua agenda em Paris, na França, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da Cúpula sobre Novo Pacto de Financiamento Global ao lado do presidente francês Emmanuel Macron. Durante o seu discurso, Lula abordou o possível acordo entre a União Europeia com o Mercosul, que é negociado desde 1999.
Recentemente, o bloco europeu encaminhou um documento com novos aditivos a serem incluídos no acordo. No entanto, o presidente brasileiro classificou isso como uma ameaça. Nos próximos dias, é esperado que o Ministério de Relações Exteriores apresente uma contraproposta junto com os demais integrantes do Mercosul.
4. Powell prevê mais um ou dois aumentos nos juros
O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, participou pelo segundo dia consecutivo de uma sabatina no Congresso dos EUA para falar sobre a última decisão dos juros no país. Apesar de ter estagnado a taxa no encontro recente, o presidente do Fed voltou a falar sobre novos aumentos até dezembro, com o intuito de levar a inflação para a meta de 2%.
Para Powell, o atual intervalo de 5% a 5,25% deverá mudar até o final do ano, com os diretores do Fed prevendo mais um ou dois aumentos, totalizando uma subida de 50 pontos-base. De acordo com o presidente do banco central norte-americano, isto fará com que a inflação volte para uma faixa aceitável.
5. Bitcoin caminha para melhor semana em três meses
Com a alta expressiva dos últimos dias, o Bitcoin tem tudo para se firmar com o melhor desempenho semanal desde março após o pedido da BlackRock para a criação de um ETF de criptomoedas à vista que investiria diretamente no principal criptoativo do mercado.
Nos últimos sete dias, o avanço do Bitcoin já passa dos 17%, levando novamente a sua valorização para mais de 80% no ano. Nesta manhã, a criptomoeda inicia o dia com uma leve alta. Por volta das 9h, ela era negociada a US$ 30.102, com uma alta de 0,63% nas últimas 24 horas.