Viagem de Lula à China adiada, Ibovespa em queda e o que mais é notícia nesta sexta-feira – ESTOA

Viagem de Lula à China adiada, Ibovespa em queda e o que mais é notícia nesta sexta-feira


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Neste último dia útil da semana, o mercado brasileiro ainda continua refletindo os acontecimentos de quarta-feira (22), quando o Copom optou por manter a taxa básica de juros, Selic, no mesmo patamar pela 5ª reunião consecutiva. Um dos maiores afetados nesse caso foi o Ibovespa, que ontem fechou em forte queda após declarações de membros do governo.

As principais falas que impactaram o principal índice da bolsa brasileira foram as do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que afirmou ‘não existir explicação’ para o atual patamar da Selic, e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que classificou a decisão e os discursos do presidente do BC, Roberto Campos Neto, como preocupantes.


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Isto fez com que o Ibovespa encerrasse o pregão desta quinta (23), com uma queda de 2,3%, elevando as perdas da semana e caindo do patamar dos 100 mil pontos pela primeira vez desde julho do ano passado. Os desempenhos do Magazine Luiza (MGLU3) e da Gol (GOLL4) também tiveram influência, pois fecharam em quedas de 13,37% e 10,08%.

2. Lula adia viagem para a China

Uma das expectativas para este final de mês gira em torno da viagem do presidente Lula à China, para mais um dos seus compromissos internacionais, no entanto, ela será adiada em mais um dia. Nesta manhã, a Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) divulgou que o presidente foi diagnosticado com um quadro leve de pneumonia e por isso não poderá cumprir com a agenda de hoje, e nem viajar amanhã.

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A viagem de Lula e da sua comitiva com mais de 200 empresários no domingo marcará uma reaproximação entre os dois países, que nos últimos anos foi conturbada. Além disso, entre os principais objetivos do presidente no país asiático está a busca por novos investimentos, assim como também serão abordados temas ambientais, a guerra entre Rússia e Ucrânia e a construção de um satélite.

Durante os compromissos na China, Lula também deve participar no próximo dia 29 da cerimônia de posse de Dilma Rousseff, como a nova presidente do Novo Banco do Desenvolvimento (NDB) – o banco dos Brics. O evento marcará a volta de ex-presidente do Brasil a um cargo público, depois de ter sofrido impeachment em 2016.

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3. Queda do Deutsche Bank eleva preocupações no setor bancário

O cenário no exterior ainda está envolto nas preocupações a respeito da crise no setor bancário, que ainda não possui uma definição clara sobre quais serão os efeitos na economia nos próximos meses. Uma das provas disso é a queda das ações do banco alemão, Deutsche Bank, que somente neste mês já somam mais de 30%, puxados principalmente pelo desempenho desta manhã.

Por volta das 9h11, as ações do banco despencavam 14,36%, marcando o terceiro dia negativo. O principal motivo para isso foram os aumentos nos swaps de default de crédito, uma espécie de seguro contra a inadimplência. Os temores aumentaram principalmente depois da quebra do SVB e da compra do Credit Suisse pelo UBS.

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4. Embates entre BC e governo

Depois da última decisão do Copom do BC, por manter a Selic em 13,75%, e o discurso em tom elevado de Campos Neto, as críticas de membros do governo, capitaneadas pelo presidente Lula, foram elevadas mais uma vez. Este é apenas mais um capítulo do embate entre as partes que começou logo no início do ano. 

Logo após o resultado, Lula declarou que, “como presidente da República não posso ficar criticando cada relatório do Copom. Eles que paguem o preço do que estão fazendo. A história julgará cada um de nós”. Afirmando ainda que o Senado deve tomar as medidas cabíveis para que Campos Neto se preocupe com o emprego e a renda no Brasil.

5. Prévia da inflação desacelera em março

Nesta manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os números a respeito do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado como a prévia da inflação oficial do país, medida pelo IPCA. Nos primeiros dias de março a inflação ficou em 0,69%, marcando uma desaceleração com relação ao mês anterior.

Também houve desaceleração no acumulado de 12 meses, que caiu de 5,63% para 5,36%. A principal influência no indicador veio do grupo de Transportes, que foi impactado pelo aumento da gasolina, que teve os seus preços elevados em 5,76%. Dos nove grupos, somente um (Artigos de residência) fechou em queda.

6. Bitcoin retoma alta após digerir Fed

Depois de ver a sua alta freada nos últimos dois dias, após o novo aumento do Federal Reserve na taxa de juros norte-americana, o bitcoin retomou a sua onda positiva no início desta manhã, por volta das 8h, sendo negociado acima dos US$ 28 mil.

O desempenho da principal criptomoeda após a decisão do Fed era aguardada de perto por investidores, visto que o bitcoin tem estado no seu maior nível em meses. A chegada a marca dos US$ 28 mil, por exemplo, não acontecia desde junho do ano passado.