Vibra Energia (VBBR3) aprova aumento de capital e mudanças da poison pill; ações caem – ESTOA

Vibra Energia (VBBR3) aprova aumento de capital e mudanças da poison pill; ações caem

A decisão foi tomada em Assembleia Geral Extraordinária


Advertisement


Advertisement


Acionistas da Vibra Energia (VBBR3) aprovaram na última quarta-feira (20), em Assembleia Geral Extraordinária (AGE), um aumento de capital social, de R$ 7 bilhões para R$ 17 bilhões.

Além disso, também foram acordadas a alteração do número de membros do Conselho de Administração e alterações de regras relacionadas à poison pill, uma medida de proteção contra aquisições que ameaçam o poder dos acionistas.

Diante do tema, as ações da empresa acumulam quedas durante a sessão de negociações de hoje.

Advertisement



Aumento de capital e mudanças no conselho da Vibra

A aprovação dos temas foi divulgada em Comunicado ao Mercado publicado nesta quarta. Segundo o documento, o aumento de capital se deu nos termos da proposta de administração para a Assembleia, “com a consequente consolidação do Estatuto Social”.

Advertisement


Dessa maneira, a expansão de R$ 10 bilhões faz com que o capital da Vibra passe de R$ 7 bilhões para R$ 17 bilhões.

Outra medida deferida na assembleia foi a alteração no número de membros do Conselho de Administração da empresa. O tema aprovado prevê a redução de nove para sete integrantes do colegiado.

Advertisement


Vibra Energia reduziu o número de membros do Conselho de Administração/Foto: Divulgação | Vibra Energia

Também é citada a atribuição ao Conselho de Administração a capacidade de eleger o Presidente do grupo. A eleição deve ser, segundo o documento, “conduzida pelo sistema de chapas, sem prejuízo das disposições legais e regulamentares aplicáveis”.

Alterações em regras do chamado poison pill também foram aprovadas durante a assembleia. O tema busca alterar o cálculo do preço por ação através do atingimento de participação relevante e oferta pública.

Advertisement


A medida, que busca evitar participações que ameacem o poder de escolha dos acionistas, prevê, agora, que caso um investidor acumule mais de 25% do capital social da empresa, uma oferta por toda a companhia deve ser feita.

A referência seria o preço máximo do papel no período de 18 meses anteriores à data em questão, com prêmio de 15%. Devem ser considerados, além disso, preços intradiários e não apenas os fechamentos.

Deve haver, ainda, correção pelo Certificado de Depósito Interbancário (CDI) até o dia em que a oferta em questão seja formalmente concluída.


“A administração entende que tais ajustes contribuem para a fixação de um preço da OPA que seja economicamente favorável aos demais acionistas da Companhia”, afirmou a administração da Vibra.

Isso faz, portanto, que seja mais difícil adquirir o controle da companhia, já que o preço de ações em uma eventual Oferta Pública de Aquisição (OPA) caso um investidor adquira mais de 25% do capital social da empresa aumentou.

Boatos sobre Petrobras

A reestatização da companhia é um tema que vem atraindo olhares do mercado financeiro, com atores projetando uma possível aquisição da Vibra por parte da Petrobras (PETR4).

Mesmo assim, no dia 29 de junho deste ano, a petroleira divulgou um comunicado negando as intenções de aquisição.

Na última quarta-feira (19), o CFO da estatal, Sergio Caetano Leite afirmou que, no momento, a Petrobras não discute a recompra da Vibra. Até 2021, o controle da companhia pertencia ao estado.

Vibra Energia era BR Distribuidora antes da privatização/Foto: Luciano Costa, da Reuters

As expectativas, segundo Leite, continuam altas. Ele afirmou, dessa maneira, que vários fundos de investimento estariam comprando ações na esperança de que o negócio se concretizasse.

A estatal avalia, no entanto, a revogação do contrato de marca.

“Estamos analisando com parcimônia e tranquilidade. Bater na mesa é muito fácil. Vamos analisar com eles”, disse o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.

Ações caem

Diante da aprovação do aumento de capital, as ações da Vibra (VBBR3) caíram durante o pregão desta quinta-feira (20). 

Seus ativos somaram por volta das 15:30 horas (horário de Brasília) uma queda de 0,53%, aos R$ 16,77. Mesmo assim, os papéis acumulam uma alta de cerca de 14% desde o início de 2023.