Ações pressionam alta de Wall Street à espera da ata do Fed
Investidores deixaram para trás comentários de uma das autoridades do Federal Reserve
Os principais índices de Wall Street abriram o pregão desta quarta-feira (23) em alta, enquanto o mercado aguarda a publicação da ata da reunião do Comitê Federal do Mercado Aberto (FOMC) do Federal Reserve (Fed), o Banco Central americano.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, a B3, também foi afetado pela ansiedade do mercado sobre a ata.
Anteriormente, falas de uma das autoridades do Fed geraram preocupações no mercado sobre o ciclo de elevações nas taxas de juros do país.
Wall Street abre em alta
O documento a ser divulgado pela autoridade monetária norte-americana deve dar orientações sobre as próximas medidas adotadas pelo Fed para combater a inflação do país.
Além disso, a ata da última reunião do Banco Central americano também deve indicar uma alta de 50 pontos-base na próxima reunião, que deve ocorrer entre os dias 13 e 14 de dezembro.
Enquanto o mercado financeiro aguardava a publicação do documento, os principais índices de Wall Street abriram o pregão em alta, pressionados por ações de crescimento.
Mesmo com a queda nos rendimentos dos Treasuries, gerados por uma série de dados econômicos divulgados anteriormente, ações das principais empresas pressionaram os indicadores do mercado financeiro norte-americano.
Durante as primeiras horas do pregão desta quarta-feira, os ativos da Amazon (AMZN), Apple Inc (AAPL), Meta Platforms (META) e Microsoft Corp (MSFT) se valorizaram entre 0,4% e 0,7%.
As ações da Tesla (TSLA), que atingiram seu menor nível em dois anos após o estabelecimento de medidas protetivas mais rígidas contra Covid-19 na China, abriram em alta de 5,2%.
No início das negociações do mercado financeiro norte-americano, por volta das 10:00 horas (Horário de Brasília), o índice Dow Jones Industrial Average (DJI) somava uma alta de 0,35%, aos 34.210 pontos.
Também por volta das 10:00 horas, o indicador Nasdaq Composite (IXIC) subia em 0,67%, atingindo a pontuação de 11.249.
Já o S&P 500 (SPX) somava, na mesma hora, uma alta de 0,45%, atingindo a marca de 4.018 pontos.
A ansiedade pela publicação da ata, que deve ocorrer às 16:00 horas (Horário de Brasília), desacelerou o ritmo de alta dos índices, mas não foi o suficiente para reverter a valorização.
Bolsas do exterior
O assunto foi, ainda, protagonista em outras Bolsas de Valores do exterior, pressionando mercados acionários europeus positivamente.
Aliando-se à divulgação da ata da reunião de Política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que deve ocorrer amanhã (24), a publicação do Fed também fez com que os investidores europeus movimentassem o mercado.
Em Londres, o índice FTSE 100 fechou com uma alta de 0,17%, atingindo a pontuação de 7.465. O FTSE MIB, em Milão, por sua vez, apresentou uma baixa de 0,04%, aos 24.581 pontos.
Em Paris, o indicador CAC 40 se valorizou em 0,32%, alcançando o patamar de 6.679 pontos. O índice DAX, na Bolsa de Frankfurt, também foi impulsionado, atingindo o fim do pregão subindo em 0,04%, com 14.427 pontos.
O Ibex 35, em Madri, cresceu em 0,11%, aos 8.334 e, por fim, o PSI 20, da Bolsa de Lisboa, aumentou em 0,41%, atingindo uma pontuação de 5.870.
Ibovespa é atingido
Durante o pregão desta quarta-feira, o índice Ibovespa, da B3, seguiu com baixas constantes, caindo em 0,69%, aos 108.282 pontos.
O mal desempenho foi afetado, principalmente, pela negociação da PEC da Transição, que envolve falas de políticos ligados à discussão, o preço das commodities e os dados sobre a Covid-19 na China, que voltou a reforçar suas medidas protetivas.
Além disso, as expectativas acerca da ata da reunião de política monetária do Federal Reserve também contribuíram negativamente para o desempenho da Bolsa de Valores brasileira.