Westwing (WEST3) perde diretor financeiro
O cargo foi renunciado por Thiago Deiab, que atuava há cerca de um ano
Nesta segunda-feira (20), a varejista de móveis e decoração Westwing anunciou a saída de Thiago Deiab da companhia.
O executivo atuava como diretor financeiro e de relações com investidores da companhia há pouco mais de um ano, época em que a empresa fez seu IPO na B3.
Renúncia ao cargo
A saída de Thiago Deiab foi divulgada nesta segunda-feira em Fato Relevante enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e ao mercado.
De acordo com o documento publicado, a Administração da Companhia acolheu ainda hoje o pedido de renúncia do executivo aos cargos de Diretor de Relações com Investidores e Diretor Financeiro da Westwing.
A companhia afirma, ainda, que a saída ocorreu por conta de questões pessoais, e “ deseja a ele sucesso em seus próximos desafios”.
O executivo assumiu os cargos no mês de abril de 2021, cerca de dois meses após a estreia da companhia na Bolsa de Valores brasileira, a B3.
Além disso, é dito que Andres Mutschler, CEO da Westwing, deve ficar responsável pelas áreas que respondiam à Deiab.
Thiago Deiab também atuou como CFO em outras companhias, como McDonald’s, Starbucks e Outback.
Após o anúncio da renúncia do executivo, as ações do Westwing reagiram com quedas nesta segunda-feira (20). Seus ativos somaram às 14:12 horas (Horário de Brasília) uma desvalorização de 0,95%, atingindo os R$ 2,09.
No período de seis meses, a queda foi de 33,65%. Desde a abertura de seu capital, a desvalorização somou os 81,97%.
Seu IPO na B3 ocorreu em fevereiro de 2021. Nessa época, seus papéis eram cotados a R$ 13,00. A operação movimentou uma quantia de R$ 1,16 bilhão com a venda de 33.099.562 ações na oferta primária e 56.269.254 na oferta secundária.
A quantia arrecadada foi, ainda, maior do que os R$ 799,685 milhões estabelecidos pela empresa.
Segundo a companhia, o aporte seria destinado à aceleração do core business, investimento em produtos de sua marca, além de investir nas áreas de tecnologia e logística.
Apesar de ressoar a saída do executivo do time da Westwing, as quedas históricas nas ações da companhia refletem o difícil cenário macroeconômico, que prejudicou, sobretudo, o mercado varejista, considerando as pressões inflacionárias.
Além disso, as recorrentes altas nas taxas de juros também prejudicam o consumo, atingindo diretamente este setor.
Recomendação de compras
Na última segunda-feira (13), o efeito do cenário macroeconômico negativo se fez presente na avaliação do banco JP Morgan, que alterou a recomendação de compra das ações da Westwing para neutra.
Além de ser um dos coordenadores na abertura de capital da varejista, o Banco também divulgou suas expectativas de crescimento para a companhia. De acordo com o JP Morgan, o volume geral de vendas (conhecido como GMV) da Westwing deve cair no segundo trimestre deste ano, atingindo os 11%.
A projeção de crescimento para os próximos anos também foi publicada: de acordo com o Banco, o GMV da varejista deve crescer em 4% em 2022 e em 6% no ano de 2023.
Sua receita deve crescer em 5% até o final deste ano, e em 6% até o final de 2023.
Na época, de acordo com o JP Morgan, o preço recomendado para as ações da Westwing era de R$ 1,90 a R$ 4,50.
Expansão física da Westwing
Ainda no mês de junho deste ano, a companhia havia anunciado seu plano de expansão física. Dessa maneira, a Westwing tem como objetivo terminar o ano de 2022 com dez unidades adicionais.
No último dia 7, a empresa havia inaugurado seu 4º hub de logística, em Minas Gerais. Com uma área útil de 318 m², a instalação busca unir os universos físico e online, permitindo que o consumidor possa acessar todo o conteúdo e curadoria da Westwing no conceito de “revista comprável”.