XP tem lucro líquido recorrente de R$ 987 mi no 1º trimestre – ESTOA

XP tem lucro líquido recorrente de R$ 987 mi no 1º trimestre


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A XP encerrou o primeiro trimestre com um lucro líquido recorrente abaixo da casa de R$ 1 bilhão, o qual vinha mantendo desde 2021. De acordo com o balanço divulgado, o resultado ficou em R$ 987 milhões, 9% inferior ao quarto trimestre do ano passado, mas 17% acima do mesmo intervalo de 2021.

O ambiente macroeconômico desafiador, devido à onda da variante ômicron do covid-19 e a guerra na Ucrânia, trouxeram enorme volatilidade aos negócios, especialmente aos relacionados à bolsa, de onde a XP tem as maiores receitas.

Paralelamente, a plataforma lida com custos elevados de contratações e outros investimentos que está fazendo para manter sua trajetória de crescimento de longo prazo.

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“Este foi um trimestre, não sei se imprevisível, mas bem desafiador do ponto de vista macroeconômico”, disse o sócio e diretor financeiro da XP, Bruno Constantino. “Janeiro foi um mês que não existiu e me fez lembrar o início da pandemia, em 2020”, acrescentou o executivo.


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XP vê recuperação em março

Ele observou, entretanto, que a XP já percebeu uma nítida recuperação da atividade em março, sendo este o melhor mês dentro do trimestre. “O trimestre terminou com uma sinalização bem positiva e eu não esperaria um resto de ano como o primeiro trimestre, a tendência de março continua”, disse ainda.

Além do lucro, a margem líquida ajustada da XP também foi afetada pela mudança na dinâmica no mercado de capitais, ainda que outras linhas de negócios, como para investidores institucionais e de renda fixa para o varejo, tenham desempenhado bem.

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A margem líquida ajustada caiu 1,7 ponto porcentual no primeiro trimestre em relação ao quarto trimestre de 2021 e de 0,6 ponto porcentual em relação ao primeiro trimestre de 2021, para 31,6%.

Constantino destacou que a margem líquida ajustada acima de 30% mostra a resiliência do negócio, citando que receita e lucro cresceram no período, mesmo em meio ao cenário desafiador. Segundo ele, a carteira diversificada de negócios da XP ajuda nesse sentido.

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As receitas líquidas subiram 19% no primeiro trimestre frente ao mesmo período do ano passado, para R$ 3,121 bilhões, embora tenham caído 4% em relação ao quarto trimestre.

As receitas institucionais somaram R$ 548 milhões no primeiro trimestre, alta de 86% frente ao mesmo trimestre do ano passado, puxado pela volatilidade dos mercados, que impulsionaram os negócios nas mesas, especialmente de derivativos.


Varejo cresce

As receitas com varejo subiram 16% em doze meses no primeiro trimestre, para R$ 2,4 bilhões, influenciadas por aumento do juro. A plataforma de renda fixa registrou um volume recorde de atividade, apesar do baixo volume de ofertas no mercado primário.

As despesas somaram R$ 1,051 bilhão, 34% acima do primeiro trimestre do ano passado, puxado pela ampliação no número de funcionários em 60% na mesma base de comparação.

*Com Estadão Conteúdo.