Na ONU, presidente de El Salvador pede que vizinhos ricos deixem o país do Bitcoin em paz – ESTOA

Na ONU, presidente de El Salvador pede que vizinhos ricos deixem o país do Bitcoin em paz


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Enquanto o presidente Jair Bolsonaro usou seu discurso na ONU para fazer campanha política, o presidente de El Salvador aproveitou para defender o Bitcoin (BTC). Em seu discurso, Nayib Bukele criticou os que tentam interferir em seu projeto de “país do Bitcoin”.

Ele criticou sobretudo as potências mundiais e as classificou como “poderosas”, que ignoram o direito de seu país de ser livre, independente e soberano. Além disso, o chefe de estado defendeu que a nação tem o direito de incentivar o promover o uso de Bitcoin.


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“A liberdade é algo pelo qual ainda lutamos em nosso país. Enquanto somos livres, soberanos e independentes no papel, não seremos de fato até que os poderosos entendam que queremos ser seus amigos. Que nossas portas estejam abertas para construir as melhores relações (…), O requisito essencial é que os poderosos respeitem a nossa liberdade”, afirmou.

Ainda segundo Bukele, El Salvador deixou de ter a marca da insegurança e das gangues. Agora, a nação tem a marca do Bitcoin, da tecnologia, da inovação e da beleza natural.

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El Salvador

O Bitcoin é uma moeda de curso legal em El Salvador desde setembro de 2021. Isso foi possível pela aprovação da Lei Bitcoin, que o próprio Bukele promoveu no Parlamento naquele ano.

Desde então, Bukele comprou mais de 2.000 BTC com o dinheiro do país. No entanto, seu governo não informa de forma transparente o paradeiro desses ativos.

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Até agora, não se sabe quem tem a custódia desses Bitcoins, que fazem parte do tesouro nacional salvadorenho.

Especialistas especulam que os BTC de El Salvador são armazenados por uma empresa com sede nos Estados Unidos.

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Nesse caso, o país da América Central correria o risco de perder as suas participações em Bitcoin se o governo dos EUA ordenasse a apreensão desses fundos.

Além disso, Bukele sofre várias críticas do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial por sua decisão “pró-BTC”.

Algumas dessas instituições alertaram, por exemplo, que o país da América Central está à beira de uma crise que pode ameaçar o sistema financeiro devido à sua Lei Bitcoin. Essas advertências são rejeitadas pelo governo salvadorenho.