Cade aprova venda da Nova Fibra para a Ligga Telecom
O Conselho Administrativo do Cade deu o aval para a aquisição, que movimentou R$ 500 milhões
A Superintedência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a compra definitiva da Nova Fibra por parte da Ligga Telecomunicações.
A conclusão da operação se deu sem restrições por parte do órgão, movimentando uma quantia de R$ 500 milhões.
Compra da Nova Fibra
De acordo com o órgão regulador, apesar de possuir participação conjunta superior a 20% em alguns municípios e superior a 50% em Antonina, Jacarezinho e Matinhos, o Cade reconheceu a existência de fatores que diminuem a preocupação concorrencial.
Segundo o Conselho Administrativo de Defesa Econômica, a rivalidade efetiva e potencial nas regiões em questão existe, de forma com que a dominância do mercado por conta de uma empresa, um monopólio, não seja construída.
Pertencente ao fundo Bordeaux, do empresário Nelson Tanure, a Ligga Telecomunicações é a nova razão social da Copel Telecom.
O fundo em questão adquiriu a companhia por uma quantia de R$ 2 bilhões, e possui companhias como a Sercomtel e Horizons, oferecendo serviços envolvendo data centers, e infraestrutura de rede de telecomunicações.
Oferecendo serviços de internet por fibra óptica e telefonia fixa, a Ligga Telecomunicações concluiu, então, a aquisição da Nova Fibra pela quantia de R$ 500 milhões.
A Nova Fibra, antes pertencente ao grupo ABL, também tinha como objetivo prestar serviços de internet banda larga por fibra óptica. Apesar de, majoritariamente, atuar no estado do Paraná, a companhia também se fazia presente em municípios do Mato Grosso e em São Paulo.
No entanto, antes de receber o aval do Cade, a transação já havia sido confirmada pela Ligga Telecomunicações, quando ainda se chamava Copel Telecom, em fevereiro deste ano.
Na época, de acordo com o Valor Econômico, a aquisição ia somar em 7 mil quilômetros de fibra óptica em 25 cidades, além de contribuir com a quantia de 90 mil clientes de varejo, 3,5 mil clientes empresariais e dez empreiteiras.
Além disso, segundo a matéria, o plano da Ligga Telecomunicações é construir três empresas, com foco em infraestrutura em rede neutra, em serviços e um braço de tecnologia, com licenciatura de 5G.
SG do Cade
A aquisição, segundo o órgão, não oferece perigos quanto à criação de monopólios. De acordo com a Superintendência-Geral do Cade, “a Ligga não possui market share superior a 30% em banda larga fixa para acesso à internet em nenhum dos municípios em que a Nova Fibra oferta telefonia fixa. Do mesmo modo, a Nova Fibra não possui market share superior a 30% em telefonia fixa em nenhum dos municípios em que a Ligga oferta banda larga fixa para acesso à internet”.
Ela afirma, ainda, que “por todas as razões apresentadas, conclui-se ser reduzida a probabilidade de exercício unilateral de poder de mercado nos mercados relevantes afetados pela operação”.
Esse foi o principal motivo pelo aval positivo do órgão quanto a aquisição da Nova Fibra.
Mudança de nome da Copel
A aquisição da Companhia Paranaense de Energia (Copel) ocorreu em agosto do ano passado, movimentando um valor de R$ 2,5 bilhões. No leilão promovido pela B3, o lance superou a oferta de R$ 2,2 bilhões da Algar.
No entanto, em março deste ano, a troca da razão social da companhia foi aprovada, fazendo com que a empresa passasse a se chamar Ligga Telecom.
Ela foi aprovada por meio de votação popular, sendo anunciada no dia 25 de março deste ano, um evento chamado CIty Expo Curitiba, ocorrido na capital paranaense.
A cerimônia para a revelação do nome contou com a participação do dono da companhia; seu diretor-presidente, Wendell Alexandre Paes de Andrade; e o sócio fundador e diretor de novos negócios da iCities, Beto Marcelino.
O novo nome estava previsto em cláusulas contratuais da aquisição. Isso pois, o nome fazia com que a companhia continuasse associada à distribuidora de energia elétrica.