Magazine Luiza (MGLU3) busca novas estratégias e aposta em marketplace
Intenção da varejista é descobrir uma forma de reverter a recente queda nas ações com a Caravana Magalu
O Magazine Luiza (MGLU3) tem passado recentemente por turbulências na Bolsa de Valores, a B3. Somente em 2022 a varejista já caiu 48% até o último dia 20, sendo que no dia em que apresentou seus resultados trimestrais, a companhia registrou uma queda de 11%.
Em contrapartida da queda das ações, o marketplace da varejista tem subido cada vez mais segundo os últimos números divulgados no próprio balanço do Magazine Luiza no dia 11 de maio.
Este ponto para a companhia surge como uma oportunidade de crescimento em um lugar em um terreno em que já está habituado, tendo em vista que o Magazine foi um dos primeiros a não separar lojas físicas e digitais.
Crescimento do Marketplace
Nos últimos dois anos o e-commerce do Magalu de uma maneira geral apresentou um crescimento de 149%, sendo que neste primeiro trimestre de 2022, houve um aumento de 16%, ultrapassando os R$ 10 bilhões de vendas.
O marketplace próprio do Magalu tem se tornado cada vez mais sólido, indicando ser um caminho seguro para a companhia pavimentar os seus próximos passos com relação à expansão e recuperação de valor de mercado.
Neste início de ano as vendas no marketplace superaram os R$ 3,5 bilhões, ou seja, um crescimento de 50% com relação ao ano passado. Levando em consideração o montante arrecadado com vendas via e-commerce, o número representa por volta de 36% do total.
O aumento com relação às vendas online é um dos poucos legados positivos que a pandemia deixou no setor, tendo em vista o prejuízo que a crise sanitária acarretou em diversas varejistas. Nos últimos dois anos, o marketplace do Magazine Luiza triplicou de tamanho.
Cada vez mais o brasileiro se acostuma com a comodidade de poder comprar o que precisar a hora que desejar sem precisar sair de casa e enfrentar possíveis filas, principalmente em datas em que o comércio é mais agitado.
Atualmente, segundo dados do Magalu, a companhia conta com mais de 180 mil vendedores digitais na sua plataforma de vendas. Para a varejista esta quantidade de sellers que oferecem mais de 64 milhões de ofertas representa um aumento de 154 mil vendedores desde o início de 2020.
Além disso, a varejista passou a integrar cada vez mais os seus ambientes de vendas, fazendo com que as lojas físicas se tornem uma extensão das prateleiras digitais, principalmente por meio da Agência Magalu que utiliza os serviços de drop-off, modalidade de entrega em que os vendedores enviam o produto para um ponto de entrega e o cliente retira.
Atualmente cerca de 13% dos pedidos feitos no marketplace do Magazine Luiza são feitos com essa entrega e os clientes mesmo buscam em uma das mais de 1 mil lojas habilitadas.
Caravana Magalu
O novo projeto do Magazine Luiza que já está em andamento é a Caravana Magalu. Com essa iniciativa, a ideia da companhia é levar os produtos e serviços da rede para cidades menores de todas as regiões do Brasil. O projeto é liderado pela fundadora da varejista, Luiza Trajano.
A ideia vai ao encontro do que o Magazine Luiza planeja, apostar no seu marketplace, pois com este novo projeto a companhia irá recrutar novos vendedores dessas cidades para o seu marketplace.
Além disso, o Magazine Luiza lançou recentemente a sua própria fintech, intitulada de Fintech Magalu, com novos serviços para os clientes poderem aproveitar, sendo o primeiro deles o lançamento de um cartão de crédito destinado a empresas cadastradas no Magalu.
Já a segunda é a possibilidade de pessoas físicas pedirem empréstimos para pessoa física, o recurso está disponível para todos que têm cadastro no MagaluPay, a conta digital da empresa.
Presença no Catar
O Magazine Luiza fechou na última semana um acordo para a compra da cota publicitária na televisão durante a Copa do Mundo no final deste ano, que será transmitida pela Globo. Ainda que os números oficiais não tenham sido divulgados, as cifras devem ter girado em torno de R$ 200 milhões, segundo o site Notícias da TV.
A parceria com o canal de televisão para uma Copa do Mundo não é novidade para a empresa, ainda que tenha ficado de fora do grupo de anunciantes em 2018, a varejista esteve presente no Mundial em 2014. A companhia ainda possui outras cotas na programação da casa.