Raízen (RAIZ4) terá investimento de R$ 2 bi para construir plantas de etanol – ESTOA

Raízen (RAIZ4) terá investimento de R$ 2 bi para construir plantas de etanol

Com as duas novas unidades, a empresa chegará a quatro plantas de E2G no país


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A Raízen (RAIZ4), empresa brasileira com forte presença no setor de etanol anunciou na última quarta-feira, (11), mais um investimento neste ramo para continuar com a sua produção a todo vapor.

Em comunicado ao mercado, a Raízen informou a aprovação para a construção de mais duas plantas de etanol de segunda geração, o E2G. O projeto foi aprovado pelo Conselho de Administração da companhia. Ao todo, a empresa irá desembolsar cerca de R$ 2 bilhões.


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As duas novas unidades de etanol da empresa serão construídas em São Paulo, nos Parques de Bioenergia da Barra e Univalem, localizadas em Barra Bonita e Valparaíso, respectivamente.

Plantas de E2G da Raízen

Após a conclusão das duas plantas de etanol 2G, prevista para 2024, a Raízen aumentará a sua capacidade de produção do biocombustível. Elas se somarão a outras duas unidades que a companhia já possui no estado de São Paulo, a do Parque de Bioenergia da Costa Pinto e o Parque de Bioenergia Bonfim.

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No entanto, atualmente apenas o primeiro está em funcionamento, enquanto a planta de etanol de Bonfim será inaugurada em 2023, tendo quase três vezes mais capacidade de produção do que o Costa Pinto.

Após a conclusão das obras, a Raízen terá quatro plantas em atuação que serão capazes de produzir até 280 mil m³ de biocombustível por ano. Sendo que 164 mil m³ dessa capacidade viriam das novas unidades.

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Raízen será a única companhia produtora de biocombustível com quatro unidades em operação /Foto: EPBR

De acordo com o comunicado, após a conclusão de todas as quatro unidades de etanol 2G, a companhia se consolidará como a única produtora do biocombustível do mundo a operar essa quantidade de plantas em escala industrial.

O anúncio da construção de mais duas plantas, fará com que a Raízen dobre o seu portfólio com relação a unidades, e no comparativo, a capacidade de produção irá mais do que dobrar. 

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A partir de 2023, quando o Parque de Bioenergia Bonfim for inaugurado, a Raízen será capaz de produzir 116 mil m³, já no ano seguinte, aumentará para 280 mil m³. Com isto a empresa conseguiria sozinha abastecer uma cidade de 100 mil habitantes

Portfólio renovável

A Raízen está com o intuito de investir cada vez mais para ter um portfólio de produtos renováveis. Os recursos usados para a construção das unidades de etanol de segunda geração somam-se ao investimento feito pela companhia no mês passado para uma nova planta de biometano.

O investimento de R$ 300 milhões para a construção da usina localizada em Piracicaba, ao lado do Parque de Bioenergia da Costa Pinto fará com que a companhia trabalhe com uma capacidade de produção de 26 milhões m³/ano do gás natural renovável.

Esta será a segunda planta de biogás da empresa, mas a primeira com 100% do foco na produção do biometano. 


De acordo com a companhia, a nova unidade faz com que a Raízen continue com o seu objetivo de fornecer aos seus clientes uma solução energética limpa e renovável, para que as metas de descarbonização possam ser cumpridas por meio dos biocombustíveis.

Parceria

Fundada em 2011, a Raízen é uma joint venture das empresas Shell e da brasileira Cosan, e é por meio da petrolífera britânica que a Raízen conseguiu estar presente em uma gigante da Fórmula 1.

Raízen (RAIZ4) terá investimento de R$ 2 bi para construir plantas de etanol
Raízen fornecerá E2G para a equipe Ferrari durante a temporada deste ano na Fórmula 1 /Foto: Minha Torcida

No final do ano passado, a Raízen e a Shell fizeram um acordo com a Ferrari para o fornecimento de E2G. A escuderia italiana e a petrolífera possuem uma parceria de 70 anos, e agora terá uma empresa brasileira fornecendo combustível renovável no negócio.

O acordo entre as partes só foi possível, pois a partir deste ano, a F1 permitirá o uso de mistura de 10% do biocombustível na gasolina comum que já era usada na categoria. 

A previsão é de que a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) consiga trabalhar com combustíveis 100% sustentáveis até a temporada de 2025.