Nubank (NUBR33) anuncia serviços de criptomoedas

A instituição bancária digital Nubank (NUBR33) anunciou nesta quarta-feira (11) a implementação do serviço de venda e compra de criptomoedas aos seus clientes.

Essa ferramenta começou seu período de testes ainda hoje, sendo disponibilizada à um grupo seleto de clientes.

Nubank e as criptomoedas

Após firmar um contrato com a fintech blockchain Paxos Trust, o Nubank começou a adicionar a compra e venda de criptomoedas em seu aplicativo. Por outro lado, a novidade chegou a um pequeno grupo de clientes, sendo disponibilizada de forma gradual à toda a sua base de usuários até o final de junho deste ano.

A Paxos confirmou que seus usuários vão poder negociar Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH) no aplicativo da Nubank, fazendo com que a abertura de contas e carteiras de criptomoedas em outras prestadoras de serviço não seja necessária.

Dessa maneira, os criptoativos transacionados no aplicativo do banco digital serão mantidos e vão movimentar o dinheiro presente na plataforma.

A blockchain Paxos vai servir como uma provedora de infraestrutura de blockchain, necessário para gerar e armazenar criptomoedas. As moedas digitais negociadas no Nubank começaram a trabalhar, no dia de hoje, com um valor mínimo de R$ 1,00.

Segundo o CEO e fundador do Nubank, David Velez, as criptomoedas são uma tendência crescente na América Latina, o que representa um “grande potencial transformacional na região”.

O executivo disse, ainda, que a “experiência de transacionar criptoativos é muito nichada, uma vez que os clientes têm poucas informações para sentirem confiança ao entrar nesse novo mercado ou se sentem frustrados com sistemas complexos”.

Dessa forma, esse tipo de moeda será negociada de forma simples e direta em sua plataforma, garantindo um serviço cripto intuitivo.

Além de promover a proteção global dos ativos digitais, a Paxos vai, ainda, desempenhar o papel de corretora das criptomoedas.

Balanço do Nubank

As altas nas taxas de inflação ao decorrer do ano atingiram diversas áreas, inclusive a de fintechs, como é o caso do Nubank. A instituição vai divulgar seu balanço trimestral no próximo dia 16, cinco dias após a implementação de criptomoedas na plataforma.

De qualquer forma, já é possível analisar os impactos que a alta nas taxas de inflação tiveram em seu desempenho.

Além de impactar institucionalmente a companhia, esses índices aumentam a procura por crédito, o que aumenta a taxa de inadimplência do banco digital.

Dessa forma, é possível analisar que em um período de 6 meses, que envolve os conflitos entre a Ucrânia e a Rússia, as ações da companhia já decaíram em 67,83%. Esse evento foi o principal fator que alterou as taxas inflacionárias no mundo, afetando diversas companhias.

No fechamento do dia de hoje (11), seus ativos somaram uma queda de 14,06%, fazendo com que seu preço atingisse os R$ 3,24.

Por conta disso, na Bolsa de Nova York (NYSE), a companhia promoveu um lock-up, que é o bloqueio da negociação de suas ações. Essa medida deve acabar no próximo dia 17, um dia após a divulgação de seu balanço trimestral. Segundo o Nubank, a data escolhida não tem relação com qualquer oferta.

Criptomoedas

A adesão das criptomoedas por diferentes tipos de companhias deixa evidente a sua forte tendência. Apesar de não serem criptomoedas propriamente ditas, na última segunda-feira (09), por exemplo, foi anunciada a adesão do Instagram aos NFTs.

Apesar de representar uma tecnologia de rápida adesão, é notória a desvalorização desse tipo de ativo no mercado. Apenas no dia de hoje (11), foi possível identificar uma queda de 97% na moeda Terra (LUNA), e de 25,75% na Solana (SOL).

Os criptoativos que serão negociados na Nubank também demonstraram quedas. O Bitcoin, por exemplo, caiu em 8,34% em um dia e 24,35% no período de uma semana.

O Ethereum, por sua vez, se desvalorizou em 9,76% em 24 horas, e em 23,25% em uma semana.