Número de clientes de ATM cripto no Brasil salta 80% mesmo em cenário de baixa – ESTOA

Número de clientes de ATM cripto no Brasil salta 80% mesmo em cenário de baixa


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Apesar da queda de preços das criptomoedas até agora em 2022, o número de usuários de caixas eletrônicos de criptomoedas, os “ATMs cripto”, disparou neste período.

De acordo com um levantamento da Coin Cloud, operadora de serviços de compra e venda de criptomoedas via caixa eletrônico, houve um aumento de quase 80% no número de clientes desde o começo do ano até o início de julho em comparação com todo o ano de 2021.


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Além disso, também houve um crescimento do volume de transações. Segundo a empresa, o volume transacionado cresceu 27% no segundo trimestre de 2022 com relação ao trimestre anterior.

Enquanto isso, em comparação com todo o ano de 2021, o aumento foi de quase 110%.

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ATMs cripto no Brasil

Conforme destacou a Coin Cloud, o aumento tanto do número de clientes quanto no volume de transações está relacionado sobretudo ao fato de as ATMs serem algumas das poucas soluções não custodiais no Brasil.

Ou seja, o controle das chaves e das criptomoedas dos investidores não são retidos pela empresa.

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“Muitos grandes players no Brasil e no mundo bloquearam os saques de criptomoedas durante a queda do valor dos ativos. Em momentos como esse, vemos que a liberdade financeira ainda não é plenamente assegurada por alguns players. Valorizamos a decisão de não ter a custódia e permitimos que nossos clientes tenham 100% de controle sobre suas finanças”, destacou Isabela Rossa, country manager da Coin Cloud Brasil.

Além disso, outro aspecto que contribui para este aumento é a familiarização das pessoas com os ativos e com os ATMs.

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Segundo Isabela, o “boca a boca” e a educação financeira tem sido importantes para promover os criptoativos e os caixas eletrônicos.

Afinal, quanto mais as pessoas conhecem sobre esse mercado, mais elas se dedicam a educar outras e apontar as possibilidades.

A executiva comentou que estudos da Coin Cloud mostraram que é comum a pessoa ir uma vez à máquina com pouco conhecimento e voltar depois, com mais informações, para realizar a compra das criptomoedas.

“Neste período, entre conhecer a máquina e fazer a transação, o cliente pesquisa sobre carteira digital, conhece mais sobre criptoativos e como transacionar. Conforme esse conhecimento avança, maior é a adesão ao mercado de ATMs e cripto como um todo”, avalia Isabela.

Segurança e conveniência dos caixas eletrônicos

Por fim, há ainda outros fatores importantes nesse cenário: a segurança e conveniência. Isso porque os ATMs cripto estão sempre instalados em locais protegidos e de grande circulação, como no interior de shoppings, hotéis e supermercados.

De acordo com Isabela, a Coin Cloud busca sempre estabelecimentos que façam parte do dia a dia das pessoas.


Atualmente, a Coin Cloud possui 24 unidades de ATM cripto no Brasil, 15 instaladas em empreendimentos da rede BRMalls e cinco do Grupo Carrefour.

As demais ATMs estão no Hotel Sheraton das Nações Unidas e no Shopping Cidade de São Paulo, em São Paulo; no Shopping Continente, em Florianópolis; e no Posto Shell da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

Nos Estados Unidos, o número de ATMs passa dos 5.800.

Mas não é só no Brasil que esse aumento está ocorrendo. Segundo projeção da consultoria americana Global Market Insights, o mercado de caixas eletrônicos de criptoativos deve passar de uma receita de US$ 250 milhões, registrada em 2021, para US$ 4,5 bilhões em 2028.