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Porto Seguro: Para fidelizar clientes investe em mais serviços

Apesar de atuar no mesmo segmento desde a fundação, em 1945, a Porto Seguro quer depender cada vez menos do seu principal negócio.

Não que a sua área de seguros esteja comprometida ou que o mercado não tenha o que crescer por aqui, afinal a penetração de seguros ainda patina no Brasil.

Mesmo no setor automotivo, em que a Porto Seguro é a líder e é um dos mais populares, a participação do seguro mal chega a 30% da frota.

Porém, a Porto Seguro quer que a sua vertical de serviços tenha cada vez mais importância dentro do faturamento nos próximos anos.

Plano de negócio da Porto Seguro

Segundo Roberto Santos, presidente da Porto Seguro, o plano dentro da companhia é que a área de serviços represente 10% dos negócios até 2025.

Para se ter ideia do tamanho do crescimento que será necessário, essa área representou 1,63% de toda a receita da companhia no ano passado, que foi de R$ 21,5 bilhões. Ou seja, em um cenário em que a receita da companhia se mantivesse no mesmo patamar, a área teria que aumentar mais de seis vezes.

Atualmente, o que representa a maior fatia dessa vertente dentro do balanço da Porto Seguro é o produto Carro Fácil, que consiste na locação de veículos no modelo por assinatura.

Em 2021, o produto gerou vendas de R$ 172,9 milhões e alcançou 10 mil contratos ativos. Porém, o braço de manutenção de residências, chamado de Porto Faz e Reppara, é o que possui mais assinantes, com 20,1 mil clientes, mais do que o dobro do registrado no ano anterior. No total, contando com o serviço de assinaturas de aparelhos celulares e também outro de teleconsultas, a Porto Seguro chegou a 49,4 mil contratos ativos.

“Queremos aumentar a base desses clientes para atrairmos eles para outros produtos com base nas suas necessidades”, diz Santos, que afirma que essa área também ajuda em uma maior fidelização da clientela.

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E, para ampliar o número de assinantes de maneira mais acelerada, a Porto Seguro também saiu às compras. Em janeiro deste ano, a companhia fez um aporte na Plugify, startup que atua no segmento de hardware como serviço e oferece equipamentos como computadores, notebooks e celulares para empresas.

Já em junho do ano passado, a companhia pagou R$ 165 milhões por 50% do negócio da ConectCar, de tags de pedágios e estacionamentos.

“Temos visto muita coisa na parte de aquisições e fusões de startups que podem impregnar conceitos disruptivos dentro da empresa”, afirma Santos.

A empresa tem apostado em outras linhas que também convers am bastante com o seu principal negócio. No começo do ano passado, a companhia comprou 74,6% da Segfy, que é uma empresa focada em soluções e tecnologias para corretores de seguros, que ainda representam a maior parte das suas vendas.

“A empresa passou pela Oxigênio (aceleradora de startups da Porto Seguro) e entrava na nossa estratégia de fidelizar o corretor de seguros”, diz o presidente da companhia.

Serviços financeiros

Diversas empresas estão atrás de um banco para chamar de seu, e não é diferente com a Porto Seguro. A companhia já está testando a sua nova conta digital para complementar os seus serviços financeiros e criar um ecossistema próprio para o cliente.

Segundo Santos, a ideia é criar um superaplicativo para que os clientes consigam resolver tudo dentro dele. Em 2021, a área de negócios financeiros, que entram desde o cartão de crédito até financiamento e consórcios registrou faturamento de R$ 3,5 bilhões.

“O cliente vai entrar na sua conta digital, ver a fatura do cartão crédito, e eu consigo oferecer ofertas exclusivas para ele”, diz Santos.

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O BTG Pactual percebe o movimento de diversificação da companhia como positivo para o futuro. “Grande parte dos negócios dessas verticais ainda está em estágio inicial, alto potencial de crescimento e é estratégica na construção do portfólio de produtos e serviços que permitirá à Porto tornar-se um ‘porto ainda mais seguro’ para os seus clientes”, escreveram os analistas Eduardo Rosman, Thiago Paura e Ricardi Buchpiguel.

As ações da companhia estão andando de lado este ano, mas o banco de investimentos vislumbra um espaço para uma alta de mais de 50% nos próximos meses. 

*As informações são do jornal O Estado de S. Paulo e Estadão Conteúdo.