Reforma tributária deve ser votada até sexta-feira (7), diz Lira – ESTOA

Reforma tributária deve ser votada até sexta-feira (7), diz Lira


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Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, afirmou que a proposta da reforma tributária deve ser votada até o fim desta semana. A matéria deve avançar junto a outras pautas dentro da casa.

As informações foram publicadas por Lira em seu Twitter na manhã desta segunda-feira (3). Além disso, ainda no dia de hoje, Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais, disse que todos os esforços do governo seriam “no sentido de apoiar” a votação.

Reforma tributária deve ser votada

De acordo com Lira, o colégio de líderes se reuniu no último domingo (2) para definir os textos prioritários da semana. Como resultado, foram escolhidas as matérias da reforma tributária, do novo marco fiscal e do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

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O encontro ocorreu na residência oficial de Lira. Logo após o jantar, o coordenador do Grupo de Trabalho da reforma tributária, deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG), afirmou que a proposta poderia ser votada ainda nesta segunda.

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Apesar disso, ele também disse que deve haver diálogo com todas as bancadas na data. Sendo assim, os esforços da Casa serão direcionados para fazer com que o tema seja objeto de votação entre as próximas quarta (5) ou quinta-feira (6).

Além disso, ao veículo g1, o presidente da Câmara dos Deputados disse que a votação da reforma tributária não “deve passar” da próxima sexta-feira (7).

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Os temas foram classificados pelo líder como “fundamentais para o desenvolvimento econômico e social do país”.

Lira também teria dito que o governo federal e o Congresso deram “todas as condições” para que o Banco Central (BC) inicie um ciclo de corte de juros.

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A posição foi reforçada pelo secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Melo, em encontro com o chamado “Conselhão”.

Padilha afirma interesse do governo

Ainda no dia de hoje, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, confirmou o interesse do governo em apoiar a votação da proposta.

Ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha/Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

O líder da pasta se manifestou a jornalistas logo após a instalação da Comissão Temática de Assuntos Econômicos do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o “Conselhão”, no Ministério da Fazenda.

Além disso, Padilha também se mostrou confiante quanto à votação dos outros temas considerados prioritários na casa, como o arcabouço fiscal, Marco Legal das Garantias, Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), Carf e ensino integral.

Das matérias definidas como prioridade, a primeira a ser votada deve ser a que aborda o Carf que, segundo o ministro, “É um projeto de lei que está trancando a pauta neste momento”.

Padilha também aponta que, dentre os indicadores, o cálculo de inflação usado pelo Senado é considerado como o “mais realista” pelo governo federal para o Orçamento.


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Prioridade é criticada

Apesar da positividade, a prioridade do governo em votar a reforma tributária ainda recebe críticas. Para o governador Mauro Mendes (União), é extremamente negativo um projeto “tão importante” a “toque de caixa”.

“Porque se ele é bom, não precisa ter medo, se ele é bom pros brasileiros, sem privilégio. Mas eu já vi que tem, sim, privilégio pras grandes indústrias e principalmente pros exportadores”, disse ainda nesta segunda.

O governador cita a isenção de impostos para grandes empresas da indústria brasileira, principalmente, as que lideram as exportações.

“Um exemplo é a Vale do Rio Doce que o ano passado teve um lucro de R$ 95 bilhões, e que se passar a reforma como está hoje, além de já ter um lucro astronômico, ela não vai pagar nem um imposto na sua cadeia e tudo que for pago ela vai ser ressarcida no final”, disse.

Em Brasília, um grupo de prefeitos de todo o Brasil organizou uma visita para fazer pressão contra o regime de urgência.