Reforma tributária é aprovada na Câmara dos Deputados; varejistas sobem durante pregão – ESTOA

Reforma tributária é aprovada na Câmara dos Deputados; varejistas sobem durante pregão

A matéria obteve aval positivo em dois turnos


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A Câmara dos Deputados aprovou durante a madrugada desta sexta-feira (7), em sessão histórica, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/19, conhecida como a reforma tributária, em segundo turno.

O texto, que prevê mudanças no sistema tributário brasileiro, foi aprovado por 375 votos a favor e 113 contrários.

Segundo analistas, apesar de representar um impacto negativo no setor de varejo, empresas do setor acumulam valorização durante o pregão de hoje.

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Reforma tributária é aprovada

No primeiro turno, horas antes do segundo, a proposta somou 382 manifestações a favor e 118 contra. O texto ainda possui menos alterações do que a substitutiva apresentada pelo relator da PEC, deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP – PB).

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A reforma busca a unificação de cinco impostos para, dentre outros fatores, facilitar seu pagamento. As mudanças federais fazem com que a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) deve se unificar ao IPI (Imposto sobre Produto Industrializado), PIS (Programa de Integração Social) e Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social).

Aprovação da reforma tributária é comemorada por deputados/Foto: Lula Marques/Agência Brasil

Já na esfera municipal e estadual, o texto une o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) ao ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) de cada estado e o ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza).

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Além disso, em nove incisos, o projeto prevê uma alíquota de 40% do IBS e da CBS para determinados setores, incluindo serviços de educação; saúde; transporte coletivo; atividades artísticas, desportivas e jornalísticas; e etc.

Outra medida incluída é a isenção dos itens que compõem a cesta básica das alíquotas da CBS e do IBS. Para isso, a Cesta Básica Nacional de Alimentos deve ser desenvolvida através de uma lei complementar.

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O tema é discutido há cerca de 30 anos dentro do Congresso Nacional, e uniu esforços do governo e do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) para que sua votação fosse feita.

O próximo passo é que o tema atravesse o Senado Federal. A votação na casa deve ocorrer, segundo o próprio Senado, até o mês de novembro deste ano.


Conclusão da votação

Apesar de o projeto ter sido aprovado durante a madrugada desta sexta, uma sessão para conclusão da votação foi aberta por volta das 13:20 horas (horário de Brasília) de hoje.

Nela, a análise dos destaques do projeto deve ser feita. Apesar de sugerir alterações no texto, elas não interferem nos principais pontos da reforma tributária.

A tendência é de que o quórum seja menor para esta sessão. Durante a manhã, discutia-se a possibilidade de que outros temas fossem votados.

Por volta das 15h a votação dos destaques foi concluída. Dos quatro pedidos que planejavam mudanças no projeto, três foram recusados. 

O último apresentado, e único aprovado, derruba benefícios fiscais adicionais para novas plantas de fábricas automotivas até 2032.

Agora, projetos envolvendo o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) devem atravessar a casa.

Varejistas sobem

Mesmo que, na avaliação de analistas, a reforma tributária possa oferecer consequências negativas para empresas do setor de varejo do Brasil, as empresas que compõem o grupo somaram valorizações durante o pregão desta sexta-feira (7).

Ações de varejistas sobem/Foto: Unsplash

Por volta das 14:40 horas (horário de Brasília), as ações da C&A (CEAB3) se valorizaram em 2,88%, cotadas a R$ 5,71. Enquanto isso, os papéis do Assaí (ASAI3) subiam a 3,97%, negociados a R$ 14,13.

Dessa maneira, a Magazine Luiza (MGLU3) apresentou alta de 2,22% por volta das 14:50 horas (horário de Brasília), aos R$ 3,22. 

No mesmo horário, a Via (VIIA3) somou valorização de 2,42%, negociada a R$ 2,12; enquanto as Lojas Renner (LREN3) subiram 4,24%, chegando aos R$ 20,64.