Sezzle chega ao Brasil para atender PMEs
Com o modelo buy now, pay later, a fintech busca atender companhias de pequeno e médio porte
Com o objetivo de prestar soluções à PMEs (Pequenas e Médias empresas), a startup Sezzle estreia no Brasil. A companhia promove o modelo BNPL (“Buy now, Pay later”, ou em português, “compre agora, pague depois”).
Chegada da startup no Brasil
Implementando seu modelo de pagamento, a companhia tem como objetivo acelerar as vendas de pequenas e médias lojas, fornecendo uma nova opção de pagamento aos clientes desses lojistas.
Sua operação em território brasileiro é independente de sua matriz. Focando em e-commerces brasileiros, a integração de seu sistema com companhias do Brasil já está planejada.
Até o final da primeira quinzena de julho, a Novemshop já deve concluir a integração. Depois disso, a VTEX, Tray e Loja Integrada também devem implementar seu sistema.
Dessa maneira, a Sezzle faz com que o valor do pagamento possa ser dividido em até quatro vezes no cartão de débito ou por meio do PIX. Caso o usuário queira utilizar dos serviços da startup, na hora do check-out, um cadastro simples na plataforma da fintech deve ser realizado.
No entanto, apesar de oferecer essa opção de pagamento, a startup não exige comprovantes de renda e nem verifica a situação do nome de seu cliente. De acordo com o CEO da Sezzle no Brasil, João Pedro Teles, a empresa utiliza bancos de dados do mercado para verificar a veracidade dos dados informados.
As taxas aplicadas para o consumidor são de R$ 10,00 para reativar contas bloqueadas por inadimplência, e de R$ 20,00 para reagendar parcelas, sendo que o primeiro reagendamento é totalmente gratuito.
Ao disponibilizar a ferramenta, o lojista recebe o valor da compra no dia seguinte. Daí, o cliente passa a dever a quantia para a startup. A taxa de comissão exigida pela fintech é de 5% a 6% do valor recebido pelo lojista.
Teles afirma que “nossa ideia é mostrar como o BNPL pode facilitar a vida do consumidor e do lojista, impactando diretamente na saúde financeira e no crescimento dos negócios, além de desmistificar sua associação com o tradicional crediário”.
Além disso, de acordo com o executivo, mesmo que o valor da compra seja dividido em quatro parcelas, o lojista receberá o valor no dia seguinte. Dessa forma, a companhia se compromete com os riscos de fraude e inadimplência, além de gerenciar o recebimento de parcelas.
Com sua estréia no Brasil, a Sezzle tem como objetivo, até o final do ano, atingir uma base de até 300 lojistas, com 30 mil transações e cerca de 10 mil usuários.
A companhia prevê, ainda, que com o início de sua parceria com a Nuvemshop, a quantia de 90 mil lojistas presentes na plataforma sejam beneficiados pelos seus serviços.
O investimento inicial da companhia em território brasileiro é de R$ 7 milhões. Além disso, para os dois próximos anos, a startup prevê injetar, respectivamente, R$ 15 milhões e R$ 25 milhões.
De acordo com o cofundador e diretor da marca na América do Norte, Charlie Youakim, “o conceito de BNPL é muito difundido em países como Austrália e Estados Unidos, e vem ganhando força também na Europa. No Brasil, ainda há muitas discussões sobre o tema e um grande espaço para crescer”.
Origem da Sezzle
Fundada em Minneapolis, no Estado de Minnesota (EUA) em 2016, a companhia focada em buy now, pay later foi idealizada por investidores norte-americanos.
Seis meses atrás, a fintech foi adquirida pela empresa australiana Zip, também atuante na área. Nessa época, a startup era avaliada em aproximadamente A$ 491 milhões (dólares australianos).
Com seus planos BNPL, a Sezzle permite que pessoas que não possuem cartões de crédito, ou que possuam um baixo limite, comprem produtos de forma parcelada.
Em sua terra natal, nos Estados Unidos, a fintech possui cerca de 45 mil varejistas ativos, e aproximadamente 9 milhões de consumidores base.