Startup Mottu capta US$ 40 milhões em rodada série B
A companhia vai utilizar o aporte para expandir sua frota de motocicletas pelo país
Nesta quinta-feira (30), a startup paulista Mottu captou a quantia de US$ 40 milhões (o equivalente a R$207 milhões) em sua rodada de investimentos série B.
A quantia levantada será utilizada para a expansão de sua frota de motocicletas, com investimentos no financiamento de novos veículos. Além disso, nos últimos meses, a startup também adicionou uma nova ferramenta em sua plataforma.
Rodada série B
A maior parte dos investimentos feitos na startup partiram da compra de equity, uma quantia de US$ 30 milhões. O restante, por sua vez, partiu da compra de dívidas da companhia. A parcela da dívida do último financiamento da empresa foi fornecida pela Verde Asset, uma das maiores gestoras de investimentos do Brasil.
Além disso, também estavam envolvidos investidores que participaram da rodada de investimentos série A da Mottu, realizada no começo de 2021. Dentre eles, os fundos Base Partners, gestora criada no ano de 2017 por Fernando Spnola, e Crankstart, fundo de Michael Moritz.
O financiamento de parte das dívidas da Mottu, liderada pela Verde Asset, adotou um sistema de tranches, um tipo de divisão de contrato para separar suas peculiaridades. Dessa maneira, caso necessário, a Startup paulista poderá requerir mais capital.
Essa quantia em questão será utilizada exclusivamente para a aquisição de novas motocicletas, um dos principais objetivos da startup.
Com a parcela adquirida por meio da compra de equity, a Mottu tem como objetivo a contratação de, no mínimo, 50 engenheiros e um CTO (Chief Technology Officer, ou Diretor de Tecnologia) e o financiamento de seus investimentos em tecnologia, aperfeiçoando a automação de seus projetos.
De acordo com a empresa, seu objetivo ao utilizar do aporte é quadruplicar sua frota de motocicletas até o final de 2022, atingindo a meta de 50 mil veículos em circulação até o ano de 2023.
Segundo o CEO e fundador da Mottu, Rubens Zanelatto, a companhia possui, atualmente, a frota de 10 mil motocicletas, presentes em oito cidades brasileiras e na Cidade do México, com um time de 400 colaboradores, além de atingir um ARR (Annual Recurring Revenue) de US$ 10 milhões em dezembro de 2021.
Surgindo como uma opção acessível aos entregadores de aplicativo e pessoas que utilizam de suas motocicletas para trabalhar, além da locação de veículos, a companhia também oferece serviços de manutenção e seguro, de forma com que o locador não tenha que se preocupar com essas questões.
Comprando motos em escala e com desconto, a companhia utiliza seus veículos até atingirem sua capacidade máxima, quando são desmobilizadas e utilizadas na reposição de peças e manutenção da frota em atividade.
Além disso, a startup também havia criado nos últimos meses o Mottu Entregas, plataforma que conecta os entregadores autônomos com os restaurantes e varejistas que estejam interessados em contratar seus serviços.
Origem da Mottu
A startup paulista surgiu no início de 2020, com uma segunda rodada seed (rodada de investimentos em companhias no estágio zero ou inicial) de US$ 2 milhões (atualmente, R$ 10 milhões).
Nessa rodada, participaram os investidores Ariel Lambrecht, Elie Horn, Hugo Segré, José Galló, Renato Freitas, Tom Freitas Valle.
No início, a Mottu possuia uma frota de 160 motocicletas e o plano de atingir a frota de 1.000 motos até o final daquele ano.
No começo do ano passado, a companhia já havia feito uma rodada de investimentos série A, liderada pela Base Partners e a Crankstart e contando com os investimentos da Tiger Global Management e do cofundador do Nubank, David Vélez.
Apesar disto, o valor da quantia levantada durante a rodada série A não foi divulgada. Ao final do ano de 2021, a startup paulista conseguiu atingir a frota de 5 mil motocicletas alugadas, com uma base de 250 colaboradores.