Stone (STOC31) pede mudança de controle ao Banco Central  – ESTOA

Stone (STOC31) pede mudança de controle ao Banco Central 

O requerimento prevê que a redução na concentração de votos de seus fundadores


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A companhia de maquininhas Stone (STOC31) divulgou nesta quarta-feira (01) que vai enviar ao Banco Central um requerimento para a mudança no controle.

O objetivo da companhia é reduzir a concentração de votos de seus fundadores, fazendo que nenhum acionista único concentre mais da metade do poder de voto da empresa.

Requerimento da Stone

Segundo comunicado à imprensa divulgado no dia de hoje, a medida adotada pela companhia está alinhada com uma “série de melhorias na governança interna”.  Ela foi, também, movida pelo cofundador da companhia, Eduardo Pontes.

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O executivo deseja transformar suas ações Classe B em ações Classe A. Na prática, isso reduz seu poder de voto em dez vezes, uma vez que os ativos do primeiro tipo dão direito a 10 votos cada, enquanto os do segundo representam apenas um.

No entanto, a conversão faz com que as ações detidas por Pontes sejam de posse de sua família, que dirigem as subsidiárias da empresa: a Stone Pagamentos S.A. e a Stone Sociedade de Crédito Direto S.A.

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O documento deixa, ainda, explícita a necessidade de aprovação do documento por parte do Banco Central brasileiro. Dessa forma, os dois co-fundadores, Eduardo Pontes e André Street, teriam, individual e coletivamente, poder de voto menor do que 50%.

Eduardo Pontes, cofundador da Stone/Fonte: Reprodução

No entanto, quando a medida for autorizada pelo Banco Central do Brasil, Street ainda será um sócio de referência. 

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Segundo Street, “A companhia vem se esforçando nos últimos meses para implementar melhorias à sua governança interna e aos seus negócios. Nós trazemos novos líderes eventuais à Gestão e ao Conselho de Administração, aumentamos a porcentagem de membros individuais do Conselho de 40% no nosso IPO, há quase quatro anos atrás, para 90% atualmente. […]”.


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De acordo com o CEO da companhia, Thiago Piau, “No dia a dia da empresa nada muda, continuamos tendo a presença do nosso cofundador Andre Street, como Chairman e acionista de referência”.

O ano de 2021 representou o pior ano de sua história, fator importante na mudança de cargos dentro da companhia. Em março deste ano, Eduardo Pontes resolveu deixar o Conselho de Administração da Stone.

Nessa época, outros dois executivos que participavam do Conselho também abandonaram seus cargos. Presentes desde antes do IPO da companhia, Ali Mazandarani e Thomas A. Patterson também deixaram o Conselho de Administração.

Sede da Stone/Fonte: Mercado e consumo

Street também disse, no documento, que “nós também tomamos medidas importantes para balancear melhor nossa grande taxa de crescimento com a taxa de lucratividade. Nós continuaremos a executar nossa estratégia e roteiro para oferecer soluções melhores e mais abrangentes aos clientes brasileiros”.

Ao anunciar o requerimento enviado ao Banco Central, as ações da companhia apresentaram quedas nesta quarta-feira (01). Seus ativos somaram às 15:37 horas (Horário de Brasília) uma desvalorização de 0,23%, atingindo os R$ 47,52.

No entanto, é possível identificar uma queda recorrente em seus títulos. No período de seis meses, suas ações caíram em 44,54%. Em um ano, em 86,43%.

Balanço trimestral

O anúncio do documento enviado ao Banco Central aconteceu na véspera da publicação do balanço trimestral da Stone, que acontecerá em conjunto à conferência de divulgação de resultados. Dessa maneira, será possível fazer um comparativo entre o primeiro trimestre após o pior ano da história da Stone.

Na publicação de seu desempenho para o quarto trimestre de 2021, cerca de três anos após seu IPO, a companhia identificou as decisões de gestão erradas, destacando sua agressiva estratégia de crescimento e as falhas na execução de projetos.

No 4T21, a companhia apresentou um TPV (Total Payment Volume), isto é, a quantia transacionada pelos meios de pagamento disponibilizados pela empresa, de R$ 275 bilhões, com uma base de usuários ativos de 1,8 milhão e uma receita total de R$ 4,8 bilhões.