Stop Loss: como lidar com a perda – ESTOA

Stop Loss: como lidar com a perda


Advertisement


Advertisement


Olá meu caro amigo investidor e leitor, está satisfeito com sua carteira de ativos?

Ou tem aquelas ações que só estão no prejuízo, mas você insiste em aguardar mais e manter o papel? Pois bem, neste artigo quero te ajudar a como manejar e principalmente lidar com o stop-loss.

O stop-loss é para a vida de um operador de renda variável e até mesmo renda fixa (também podemos ter perdas) um aliado, deve ser usado junto com o gerenciamento de risco. Gosto de usar a analogia de que o stop-loss é nosso freio de mão para alguma emergência, sim, vamos ter danos, mas o carro irá poder continuar locomovendo e produzindo (investimento).

Advertisement


O nosso grande problema é o emocional, aceitar o stop e saber que nem sempre as coisas vão ocorrer bem, O ideal é ser definido antes de comprar qualquer ativo, pois ainda não estará “envolvido” emocionalmente com a operação. Para um melhor entendimento, temos dois tipos de stop.

Stop Financeiro – Esse stop é baseado na perda, o quanto podemos perder em Capital naquela operação.

Advertisement


Exemplo: Temos o Ativo VALE3 no preço de R$70,00 e nosso stop para operação pode ser somente de R$3,00 por ação, logo o stop – loss será feito no valor de R$67,00.

O stop financeiro apesar de ser muito usado, não é efetivo, uma vez que não leva em consideração nenhum indicador, regiões de suporte e resistência e até análises fundamentalistas, portanto não aconselho utilizar. O melhor cenário é utilizar junto com o stop técnico.

Advertisement


Stop Técnico – Esse stop é baseado no preço do ativo e suas regiões. Muito utilizado na análise técnica, é o melhor stop para ser acionado, e pode ter um filtro de que só se abre uma operação se o stop técnico está alinhado com o valor máximo de perda da operação (stop financeiro). 

Vamos um exemplo real em uma imagem do gráfico:

Advertisement


Esse gráfico é do Ativo VALE3, na data de 17/05/2023

Uma compra agora a mercado no preço de R$69,92 será necessário utilizar o stop caso o ativo perca o suporte em R$66,80, portanto um stop técnico na faixa de R$66,65+-.

Vejamos que então o valor do stop será de R$3,27 por ação. 

A pergunta a se fazer é:

 O stop técnico está dentro do meu stop financeiro? Se não, ignorar operação.

Jamais entre em uma operação sem se fazer essa pergunta, equivale mesmo pra quem for fazer buy and hold (longo prazo).

Finalizo o artigo com algumas dicas “matadoras”:

1 – Utilize ordens OCO: Caso o investidor tenha dificuldade em aceitar as perdas, sempre abra a posição com Ordens OCO (Ordem cancela ordem). Esse tipo de ordem quando executada, automaticamente já ira criar uma ordem de stop gain (ganhos) e uma ordem de stop loss.


OBS: As ordens OCO devem ser configuradas e testadas antes de aplicadas.

2 – Venda uma Call na região de STOP; O mercado de opções ainda é obscuro para uma grande parte dos investidores, porém existem várias estratégias que bem entendidas e executadas irão gerar proteção e até mais rentabilidade. Aconselho a quem tem dificuldade de aceitar perdas, a realizar uma venda de call (caso a ação tenha opções) no strike que é o stop técnico. Isso irá gerar um ganho do prêmio que irá reduzir bastante seu preço médio e consequentemente caso o preço continue caindo, será possível recuperar uma parte das perdas. Mas lembre-se: caso o preço volte a subir, o investidor será obrigado a vender a ação naquele strike, o que já teria acontecido caso tivesse “Stopado” a operação.

Nota: Válido também para stop gain, pois muita das vezes tem a ganância de não querer realizar o lucro no alvo que foi estudado e continuarmos na operação, a venda da call pode ser no strike do stop gain.

3 – Fracionar entradas – Uma forma de reduzir a exposição a perdas, é fracionar as entradas. Busque dividir em 3 ou 4 entradas e faça isso de forma organizada e planejada. Caso o ativo caia, o investidor poderá realizar uma correção do preço médio e fazer o manejo para não ficar exposto a grandes perdas.

Até a próxima! 

-Wano Carvalho CNPI T / CEA 

*As opiniões do colunista não refletem necessariamente a posição da Estoa