Vendas no natal devem aumentar pela primeira vez em dois anos
Desde o início da pandemia, o feriado não apresentava ganho real no volume de vendas

De acordo com um levantamento publicado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) nesta semana, o Natal deste ano deve movimentar a quantia de R$ 65 bilhões, o primeiro aumento real de vendas em dois anos.
Mesmo assim, a projeção da Confederação não superou a quantidade de vendas registradas no mesmo período de 2019, antes da Pandemia de Covid-19, quando o comércio movimentou um total de R$ 67,5 bilhões.
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Vendas no natal crescem
O valor projetado pela CNC para o Natal deste ano representa um ganho real de 1,2% no faturamento do comércio, descontada a inflação.
A principal alta neste ano, segundo o presidente da confederação, José Roberto Tadros, ocorreu entre o primeiro e segundo semestres de 2022.

A justificativa, de acordo com Tadros, é a “evolução favorável do nível de ocupação no mercado de trabalho e a desaceleração da inflação”. A estimativa do mercado em geral é de que os índices inflacionários terminassem o ano por volta dos 6%.
No entanto, o IPCA-15, conhecido como a prévia da inflação, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresentou uma alta de 0,52%, finalizando o ano em 5,90%.
Em 2021, o índice chegou ao fim do ano somando uma alta de 10,42%, o maior para um ano desde 2015, quando o IPCA-15 subiu em 10,71%.
A quantia de vendas, no entanto, de acordo com Tadros, foi desacelerada pelo encarecimento do crédito destinado a pessoas físicas que, segundo o Banco Central, atingiu o maior patamar desde o primeiro trimestre de 2018; e o comprometimento da renda média com dívidas, que chegou aos 28,71% ao fim do terceiro trimestre deste ano, maior patamar desde 2005 segundo o BC.
Maiores movimentações
A pesquisa realizada pela CNC também apontou qual área deve apresentar a maior movimentação financeira durante o feriado de Natal de 2022. O setor, segundo o levantamento, é o de hiper e supermercados.

Eles devem representar R$ 25,12 bilhões, 38,6% do montante total projetado para o feriado. Em segundo lugar, vem o setor de roupas, calçados e acessórios, que devem movimentar 33,9% da projeção, cerca de R$ 22 bilhões.
Os estabelecimentos especializados em artigos de uso pessoal e doméstico devem ser responsáveis por mobilizar o total de R$ 8,19 bilhões, 12,6% dos R$ 65 bilhões estimados para o Natal de 2022.
Sobre a liderança de hiper e supermercados, Fabio Bentes, economista da confederação responsável pela apuração do levantamento, disse que o destaque é justificado pela relevância dos itens comercializados nestes estabelecimentos no faturamento anual do varejo.
Além disso, Bentes afirma que este é, historicamente, um dos principais responsáveis pela movimentação financeira do setor.
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De acordo com a pesquisa publicada, ainda, a região Sudeste do país deve representar a maior parte da projeção das vendas para o período, reunindo 51% do montante.
Dessa maneira, o estado que deve concentrar a maior movimentação financeira é São Paulo (R$ 22,19 bilhões), seguido por Minas Gerais (R$ 5,59 bilhões) e Rio de Janeiro (R$ 5,56 bilhões).
Vagas temporárias
A pesquisa também projeta um aumento na criação de vagas temporárias, oportunidades de emprego sazonais para compensar a alta das vendas, estimando que sejam criadas 98,8 mil vagas para o feriado.
A quantia representa uma alta de 1,8% em comparação ao mesmo período do ano passado e de 48% em relação ao Natal de 2020, extremamente afetado pela pandemia de Covid-19.
O montante, no entanto, diminuiu ante a projeção anterior da CNC, onde a confederação estimava a geração de 109,6 mil oportunidades de fim de ano.
A projeção da taxa de efetivação dos funcionários temporários também diminuiu, caindo de 11,3%, previstos anteriormente, para 9,1% na atual estimativa da entidade sindical.