Wingg: startup de ciência de dados é adquirida pela BCG – ESTOA

Wingg: startup de ciência de dados é adquirida pela BCG

Aquisição por parte da empresa de consultoria servirá para fortalecer seu ecossistema


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Nesta quarta-feira, (8), a empresa de consultoria global Boston Consulting Group anunciou a aquisição da startup paulistana Wingg, que atua na área de ciência de dados e no desenvolvimento de softwares.

A companhia norte-americana, com sede em Boston, usará esse novo ativo como uma forma de expandir a sua expertise na sua própria unidade de análise de dados, a BCG Gamma. 

O negócio entre as empresas não foi o primeiro feito pelas companhias, desde que a Wingg foi fundada em 2019. Anteriormente elas já haviam participado de projetos juntas relacionados à transformação digital.

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Acordo entre BCG e Wingg

No acordo para a aquisição da Wingg, a empresa de consultoria além de ampliar o seu potencial como um ecossistema especializado na análise avançada de dados e inteligência artificial por meio da BCG Gamma, irá garantir para a empresa o aplicativo desenvolvido pela startup.

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Desde a sua fundação, a Wingg tem atuado no desenvolvimento de um assistente virtual personalizado com foco no potencial de venda das empresas. Para extrair os melhores insights e melhorar o desempenho de modo intuitivo, a startup usa técnicas para aprendizado de máquinas e ciência de pessoas.

O negócio que não teve o seu valor divulgado pelas empresas, fará com que a BCG adicione para si novas possibilidades com relação a oferta de serviços, pensando em melhorar a experiência de cada cliente.

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Wingg: startup de ciência de dados é adquirida pela BCG
BCG Gamma terá mais expertise com aquisição da Wingg/ Fonte: FGV

Com isso, o BCG Gamma que conta atualmente com mais de 1500 cientistas de dados e engenheiros que utilizam inteligência artificial e análises avançadas terão agora um novo ativo em mãos para continuar desenvolvendo um trabalho para criar soluções para melhorar a performance.

De acordo com o diretor-executivo e líder do BCG Gamma no Brasil, Henrique Sinatura, a ideia com o novo negócio é acelerar esse desenvolvimento para que a companhia continue expandindo tanto a nível nacional, quanto global.

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Somando-se às vantagens que o BCG pode ter com essa nova aquisição, o cenário para a startup também é positivo levando em consideração o pouco tempo de atividade da Wingg no mercado. Nessa parceria a empresa poderá ter acesso a projetos mais desafiadores, é o que pensa Leonardo Teixeira, fundador da Wingg.


Crescimento de startups

O setor de startups vive um período de grandes investimentos nos últimos anos. Ainda que devido ao cenário recente de crise os aportes financeiros tenham sofrido uma diminuição recente no âmbito global.

O ano de 2021 trouxe para o setor diversas novas empresas de tecnologia que ascenderam rapidamente e muitas delas inclusive viraram unicórnios. No total foram 10 empresas que entraram para esse grupo no país, estabelecendo um novo recorde. Com isso o país chegou a 21 startups que ultrapassaram US$ 1 bilhão em valor de mercado.

No acumulado, as startups brasileiras receberam em 2021 por volta de US$ 9,4 bilhões de investimentos, de acordo com uma pesquisa da plataforma de inovação Distrito. Para chegar a esse valor, foram feitas 779 transações.

Wingg: startup de ciência de dados é adquirida pela BCG
Startups brasileiras continuam com investimento alto /Foto: Awari Insights

Entre os setores de maior destaque no recebimento destes aportes financeiros, estão as fintechs que acumularam cerca de US$ 3,7 bilhões em investimentos no último ano. Logo após vieram as startups de varejo com US$ 1,3 bilhão.

Além destas, ainda tiveram destaques empresas do setor de real state que também teve mais de US$ 1 bilhão de investimentos e as healthtechs com US$ 530 milhões.

Ainda que a níveis globais as startups tenham notado uma queda com relação ao aporte que estão recebendo nos últimos meses, em decorrência da inflação global. No início deste ano as brasileiras registraram alta nesse quesito.

Nos dois primeiros meses do ano, mesmo com a diminuição de transações, as startups brasileiras receberam por volta de US$ 1,35 bilhão, representando um aumento de 35% para o período.